Brasil
Hospital de São Paulo retrata o improviso na luta contra o covid-19
Todos os dias temos casos de morte. Na primeira semana, depois de se transformar em referência, um rapaz chegou acompanhado da esposa com falta de ar e cansado. Ele não tinha mais de 40 anos. Depois de três horas ele veio a óbito”, conta a profissional.
Além da lotação, os profissionais vêm reclamando da falta de equipamento de proteção individual (EPI) para lidar com os pacientes internados e contagiados.
“A gente entra no plantão às 7 horas e, quando saímos para tomar café ou almoçar, tiramos nossa capa de proteção impermeável e deixamos pendurada.
Passamos um papel toalha para retirar o suor e depois utilizamos outra vez até às 19h”, explica a técnica de enfermagem.
“A capa é descartável, se você teve contato com o paciente, tem que jogar fora. Mas como não tem suficiente, tem que ficar trocando vírus de um paciente para outro. Também utilizamos uma máscara N95 [ as mais seguras e recomendadas] por baixo de uma máscara cirúrgica por 12 horas. A única coisa que descartamos são as luvas”, acrescenta.