Brasil
Funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp decidem encerrar greve em SP a partir da 0h
Categoria optou por não realizar assembleia ou uma nova paralisação na próxima semana

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu, após assembleia na noite desta terça-feira (3), pelo encerramento da greve a partir da meia-noite de quarta-feira (4). A votação foi unificada com o Sindicato dos Ferroviários.
Foram 2.952 votos dos associados ao todo, com 2.391 pessoas optando pelo fim da paralisação e 587 pela continuidade. Outros 34 funcionários se abstiveram.
A maioria da categoria (1.161 pessoas) votou para não ter assembleia ou greve na próxima semana, o que foi acatado pelo sindicato.
Mais cedo, os funcionários da Sabesp também decidiram acabar com a paralisação.
Estudos sobre greve continuarão
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, na manhã desta terça-feira, que os estudos para a privatização das três empresas continuarão.
“Vamos continuar estudando as privatizações (Metrô e CPTM) e a da Sabesp está mais adiantada, com consulta às prefeituras e ao TCM”, destacou.
“Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão”, disse o governador na entrevista.
Ao reiterar que a greve tem motivação política, o governador de São Paulo também que as direções dos sindicatos são compostas por partidos que “não dialogam” com a população, tanto que não cumpriram o acordo judicial de manutenção básica dos serviços no Metrô e na CPTM.
“Ano que vem tem eleição (municipal) e os sindicatos já programam outras greves, é um abuso”, frisou.
Na entrevista, Tarcísio disse que o governo está totalmente focado nas medidas de contingência para minimizar “ao máximo” o impacto da greve no transporte sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.
Descumprimento de decisão
Os metroviários e ferroviários não mantiveram, ao menos parcialmente, a operação de linhas do Metrô e da CPTM, como havia determinado a Justiça.
No Metrô, deveria ser assegurada 100% da frota das 6h às 9h e das 16h às 19h, e 80% nos demais períodos. Havia sido definida uma multa de R$ 500 mil, para cada sindicato, em caso de descumprimento.