Brasil
Terceiro suspeito de participação na morte de advogado se entrega à polícia
Eduardo Sobreira Moraes era procurado pela polícia desde a segunda-feira (4). Ele é o terceiro preso pela Polícia Civil do RJ como participante do assassinato do advogado Rodrigo Crespo, em 26 de fevereiro
Eduardo Sobreira Moraes, de 47 anos, se entregou, na tarde desta terça-feira (5), na Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.
Eduardo é apontado pela polícia como responsável por acompanhar os passos do advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, antes dele ser assassinado em 26 de fevereiro.
O suspeito prestava depoimento na tarde desta terça na Delegacia de Homicídios da Capital. Com a apresentação à polícia de Eduardo, agora são três os presos apontados pela polícia como participantes na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo: o policial militar Leandro Machado da Silva e Cezar Daniel Mondego de Souza.
Rodrigo Marinho Crespo foi executado no Centro do Rio — Foto: Reprodução
O policial militar Leandro Machado da Silva, procurado desde segunda-feira (4) pela morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro do Rio, se entregou à polícia nesta terça (5). Mais cedo, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital tinham prendido Cezar Daniel Mondego de Souza, o terceiro suspeito identificado.
Os investigados por envolvimento no assassinato do advogado são:
- Cezar Daniel Mondego de Souza: apontado como responsável por monitorar a vítima no dia do crime e nos dias anteriores. Tinha cargo comissionado com salário de até R$ 6 mil na Alerj e foi preso nesta terça.
- Eduardo Sobreira Moreira: também é suspeito de vigiar os passos da vítima até a execução. Está foragido.
- Leandro Machado da Silva: policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime. Entregou-se nesta terça. Também é apontado como segurança de Vinícius Drumond, filho do contraventor Luizinho Drumond. Vinícius nega.
Saiu para comprar gelo e sumiu
Segundo a irmã de Eduardo, que prestou depoimento na delegacia e o reconheceu nas filmagens, o suspeito estaria organizando, no sábado (2), um churrasco para comemorar o seu aniversário no domingo (3).
Durante a organização do evento, Eduardo foi informado da apreensão do Gol branco, que dirigia, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
Eduardo Sobreira então cancelou a festa e disse para a irmã que iria na rua comprar gelo e não voltou mais.
Desde então a localização de Eduardo Sobreira passou a ser desconhecida pela polícia até se entregar na tarde desta terça. Durante as buscas de segunda-feira (4), os agentes não encontraram qualquer informação sobre seu paradeiro.
Eduardo Sobreira Moraes foi flagrado por câmera de segurança próximo à casa do advogado Rodrigo Crespo, na Lagoa — Foto: Reprodução
Carros iguais
De acordo com as investigações, pelo menos 2 veículos participaram da emboscada a Crespo. Os carros tinham as mesmas características: eram Gols brancos. No último sábado (2), um dos veículos utilizados no homicídio foi apreendido em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo a polícia, Eduardo foi o responsável por vigiar e monitorar a vítima com um dos veículos. Na manhã do dia 26, Eduardo seguiu Crespo desde o momento em que o advogado saiu de casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, até chegar ao trabalho, no Centro da cidade.
Já o PM Leandro teria, também de acordo com a polícia, cuidado diretamente dos veículos usados na ação, tendo inclusive alugado um deles.
Policiais apreenderam o carro clonado no sábado (2), em Maricá, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução
Motorista flagrado por câmeras
No dia do crime, Rodrigo saiu de casa, na Fonte da Saudade, na Lagoa, Zona Sul do Rio, pela manhã. Ele foi para o Centro da cidade em um carro de aplicativo e chegou ao escritório às 11h11 sem saber que estava sendo seguido de perto por um dos suspeitos pelo crime.
O Gol conduzido por Eduardo o acompanhou durante todo o trajeto e permaneceu estacionado na Avenida Marechal Câmara até as 14h27, quando cedeu a vaga a outro veículo da mesma marca e cor, placa RTP-2H78. Nele estava o assassino.
Através da rota de fuga do primeiro veículo, os investigadores começaram a descobrir detalhes sobre o assassinato.
Após a rendição, Eduardo seguiu no carro pela Avenida Franklin Roosevelt, pegou a Avenida Antônio Carlos e foi em direção ao Aterro do Flamengo. Na região, passou devagar por um posto de gasolina. E a polícia identificou a placa do veículo: RKS-6H29.
Com a informação, os investigadores passaram então a detalhar as rotas feitas pelo carro e a analisar câmeras próximas à residência de Rodrigo.
O veículo, que pertence a uma locadora de automóveis, na Taquara, foi devolvido no último dia 29, três dias após o crime. Quando os policiais o encontraram, ele já havia sido alugado por outra pessoa na sexta-feira (1).