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Polícia Civil aponta: PM teria ordenado execução de personal trainer em Várzea Grande após processo no Juizado Especial

Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, processou o policial militar Raylton Mourão e a esposa por acidente de trânsito. O casal está foragido e é apontado como mandante e cúmplice da execução

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 13/09/2025
Polícia Civil aponta: PM teria ordenado execução de personal trainer em Várzea Grande após processo no Juizado Especial
De acordo com os investigadores, a motivação do crime estaria ligada a um processo em trâmite no Juizado Especial Cível, movido por Rozeli contra o PM e a esposa dele, Aline Kounz | Divulgação/PC-MT

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o policial militar Raylton Mourão teria ordenado a execução da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, 33 anos, morta com pelo menos seis tiros na manhã de quinta-feira (11), em Várzea Grande.

De acordo com os investigadores, a motivação do crime estaria ligada a um processo em trâmite no Juizado Especial Cível, movido por Rozeli contra o PM e a esposa dele, Aline Kounz, após um acidente de trânsito envolvendo o caminhão de uma empresa de fornecimento de água controlada pelo casal e que não possuía CNPJ. A audiência estava marcada para a próxima semana.

Arquivo Página 12
Arquivo Página 12

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no sábado (13), mas o casal já havia fugido. Antes da chegada da polícia, eles teriam retirado as imagens das câmeras de segurança da própria residência, numa tentativa de apagar provas. Para a investigação, o indício reforça que o PM seria o mandante da execução, com a participação direta da esposa. Imagens mostram que Rozeli foi perseguida ao sair de casa. Por volta das 6h20, ela foi surpreendida e alvejada friamente dentro do carro. O PM, que deveria ter comparecido ao plantão no mesmo dia, não se apresentou, ampliando as suspeitas.

Rozeli deixou dois filhos, de 6 e 12 anos, e o marido caminhoneiro, que estava em viagem a trabalho em Sorriso quando recebeu a notícia da morte.

A Polícia Civil trata o caso como homicídio qualificado por mando e mantém as buscas pelo casal, considerado altamente perigoso.