Cotidiano

Cerca de 60 médicos essenciais para manutenção dos leitos de UTI estão afastados

Os afastamentos são motivados por idade, doenças prévias e também porque os profissionais acabam contaminados pela doença durante o exercício da função e devem ficar em isolamento

28/06/2020
Cerca de 60 médicos essenciais para manutenção dos leitos de UTI estão afastados
Foto: Christiano Antonucci
Em Mato Grosso, cerca de 60 médicos que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais da rede pública e privada que atendem casos de coronavírus estão afastados das funções e não podem atuar na linha de frente do combate à pandemia. Os afastamentos são motivados por idade, doenças prévias, as chamadas comorbidades agravadoras da Covid-19, como diabetes e hipertensão, e também porque os profissionais acabam contaminados pela doença durante o exercício da função e devem ficar em isolamento. “Também perdemos profissionais para a doença, que vieram à óbito. Esses afastamentos são muito ruins porque não podemos aproveitar a experiência profissional de muitos anos de trabalho que esses médicos têm e que são vitais para atuar nas UTIs, garantindo o maior índice de sobrevivência possível, porque são eles que têm a experiência clínica e o manejo na hora de atender o paciente”, explica a diretora do Hospital Estadual Santa Casa, Patrícia Neves. Ela considera que a atuação na Terapia Intensiva deve ser muito rápida, pois a situação do paciente pode ter alterações de uma hora para outra, e a experiência médica pode fazer toda a diferença, por se tratar de uma doença ainda pouco conhecida.