Economia e Negócios
Ibovespa sobe e fecha semana com alta de mais de 3%; dólar vai a R$ 4,90
Moeda norte-americana avançou 0,76%, cotada a R$ 4,9064. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, subiu 0,11%, aos 124.773 pontos
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta sexta-feira (17), com investidores de olho nas políticas fiscal e monetária do país. Esse foi o terceiro pregão consecutivo de avanço do índice, que encerrou a semana com ganhos de mais de 3%.
O dólar também subiu nesta sexta. Importadores e outros agentes do mercado aproveitaram as cotações mais baixas para comprar a moeda norte-americana — o que levou à sua valorização frente ao real.
Na agenda econômica, foi divulgado hoje o Índice de Atividade Econômica do Banco Central - Brasil (IBC-Br) de outubro. O indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, registrou queda de 0,06% no mês passado, enquanto analistas esperavam uma leve alta.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
O dólar subiu 0,76%, cotado a R$ 4,9064. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,17%, depois de operar em baixa durante boa parte do dia, vendida a R$ 4,8696. Com o resultado de hoje, passou a acumular quedas de:
- 0,16% na semana;
- 2,66% no mês;
- 7,04% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa subiu 0,11%, aos 124.773 pontos. Na máxima do dia, chegou a atingir os 125.431 pontos.
As ações da Petrobras ajudaram a manter o resultado no azul, com avanço de 3,26% no pregão, acompanhando a alta do petróleo.
Hoje também foi um dos últimos dias para que interessados em receber os próximos dividendos da Petrobras comprem papéis da companhia. Isso eleva o interesse pela ação. A data de corte é a próxima terça-feira (21), pós-feriado em seis estados brasileiros.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 1,20%, aos 124.639 pontos, no maior patamar desde julho de 2021. Com o resultado, passou a acumular altas de:
- 3,49% na semana;
- 10,28% no mês;
- 13,70% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Relator da LDO no Congresso fala após reunião com ministros: ‘Governo manteve a meta fiscal zero’
Em um dia de agenda esvaziada no Brasil e no mundo, os investidores repercutiram os números da prévia do PIB.
O resultado do IBC-Br, que caiu 0,06% em setembro, foi o segundo consecutivo de queda no indicador, que recuou 0,77% em agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 0,32%, informou o Banco Central.
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 2,77% e, em 12 meses até setembro, apresentou crescimento de 2,5%.
Já cenário político, o destaque foi para a confirmação de que o governo desistiu de mudar a meta fiscal para o ano de 2024 — pelo menos por enquanto.
A informação foi anunciada pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, deputado Danilo Forte (União-CE), e confirmada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A meta fiscal prevê que, durante o próximo ano, o governo só pode gastar aquilo que arrecadar e o que tiver em caixa, sem aumentar a dívida pública.
A decisão de manter a meta dá mais tempo para que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consiga tramitar no Congresso medidas que possam aumentar a arrecadação federal.
O mercado doméstico também seguiu acompanhando os dados da Americanas. Ontem, depois de vários adiamentos, a empresa finalmente divulgou seus resultados de 2022, revelando um prejuízo de R$ 12,9 bilhões no ano.
Esse é o oitavo maior prejuízo já registrado por uma empresa brasileira de capital aberto desde 2010, segundo levantamento de Einar Riveiro. Em primeiro lugar fica a Vale, em 2015, quando registrou prejuízo de R$ 44,2 bilhões após o rompimento das barragens em Mariana (MG).
A Petrobras aparece no 2°, 3° e 6° lugar, nos anos de 2015 (R$ 34,8 bilhões de prejuízo), 2014 (21,5 bilhões) e 2016 (R$ 14,8 bilhões), respectivamente, todas decorrentes dos rombos apontados pela Lava Jato.