Integrantes do governo dos Estados Unidos disseram à CNN nesta quinta-feira (9), que a operação de Israel em Rafah forçou uma “pausa” nas negociações de cessar-fogo em Gaza.

As discussões que têm ocorrido nos últimos dias romperam em grande parte pelo esvaziamento das delegações no Egito. Equipes do Hamas, Israel e o diretor da CIA Bill Burns deixaram o Cairo. Os mediadores do Catar, do Egito e dos EUA vão continuar com as discussões.

No início da semana, funcionários dos EUA expressavam otimismo sobre as conversas que agora parecem ter se dissipado.

Burns entrou nas negociações pensando que as lacunas restantes poderiam ser fechadas, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta quinta-feira (9).

“Agora claramente não houve um consentimento”, disse Kirby. “Isso não significa que estamos perdendo a esperança. Nós ainda acreditamos que há um caminho a seguir, mas vai depender das iniciativas de ambos os lados. E vai ser preciso um pouco de coragem de para finalmente encarar os desafios e fazer este negócio acontecer.”

A pressão dos Estados Unidos sobre Israel só aumenta, uma vez que o principal motivo do esfriamento das negociações se deve pela operação militar em Rafah.

O presidente Joe Biden disse à CNN que os EUA não enviariam mais armas ofensivas a Israel para serem usadas em uma grande operação militar em Rafah.

Autoridades americanas acreditam que Israel está conduzindo uma operação limitada em Rafah.