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Governo de Israel aprova plano de Netanyahu de ocupar a Faixa de Gaza
Seguindo comunicado, a operação começará pela Cidade de Gaza inclui distribuição de ajuda humanitária. Premiê Benjamin Netanyahu disse na quinta (7) que Israel não pretende anexar o território de Gaza

O gabinete de segurança e assuntos políticos de Israel aprovou, nesta sexta-feira (8), o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ocupar, na totalidade, a Faixa de Gaza. Segundo comunicado divulgado pelo gabinete, a operação começará pela Cidade de Gaza.
O Exército israelense também fará a distruibuição de ajuda humanitária nas áreas ocupadas.
O comunicado afirma ainda que a medida foi aceita porque "a maioria absoluta dos ministros do gabinete acreditava que o plano alternativo apresentado não alcançaria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns".
- ➡️ A Cidade de Gaza fica na região central do território palestino e abriga cerca de 1 milhão de pessoas.
Ainda de acordo com as informações divulgadas, o gabinete também aprovou cinco princípios para o fim da guerra:
- Desarmamento do Hamas.
- Retorno de todos os reféns sequestrados — tanto vivos quanto mortos.
- Desmilitarização da Faixa de Gaza.
- Controle de segurança israelense sobre a Faixa de Gaza.
- Estabelecimento de um governo civil alternativo que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
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"Nós não queremos ficar com Gaza, queremos um perímetro de segurança", disse o premiê a repórteres em Tel Aviv nesta quinta.
A expansão do conflito gerou críticas da comunidade internacional, além de protestos dentro de Israel e oposição do Exército ao plano. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou nesta sexta-feira que o novo plano de Israel causará mais mortes e sofrimento e precisa ser "imediatamente interrompido". Leia mais aqui.
O grupo terrorista Hamas chamou a decisão de Israel de controlar a Cidade de Gaza de um "crime de guerra". Na quinta-feira, o grupo disse que, com a nova ofensiva, Netanyahu estaria disposto a "sacrificar" os reféns remanescentes para ganhos pessoais.
A nova investida tem o potencial de agravar ainda mais a crise humanitária em Gaza, em que palestinos enfrentam fome generalizada. Mais de 61 mil morreram no território desde o início da guerra entre Israel e Hamas, iniciada após ataque terrorista no sul de Israel, que matou mais de 1.200 israelenses e mais de 250 foram levados como reféns.
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Benjamin Netanyahu — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução