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EUA não querem prejudicar a China, diz Trump após resposta de Pequim

Em publicação na Truth Social, presidente afirmou que "tudo ficará bem" em relação ao país asiático, e que Xi Jinping acaba de passar por um "momento ruim"

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 12/10/2025
EUA não querem prejudicar a China, diz Trump após resposta de Pequim
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou o tom na escalada do conflito com a China neste domingo,12 | CNN

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou o tom na escalada do conflito com a China neste domingo (12).

Em publicação na Truth Social, rede social da qual o republicano é dono, o presidente afirmou que "tudo ficará bem" em relação ao país asiático, e que Xi Jinping acaba de passar por um "momento ruim".

"Ele não quer uma Depressão para o seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!!!", finalizou Trump.

Entenda a escalada

A publicação acontece no mesmo dia que Pequim respondeu às tarifas de 100% implementadas por Trump ao país asiático.

“Os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% à China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente”, disse Trump em uma publicação no Truth Social na tarde de sexta-feira (10). “Também em 1º de novembro, imporemos controles de exportação sobre todo e qualquer software crítico.”

O anúncio de Trump está vinculado ao aumento dos controles de exportação de terras raras por Pequim, essenciais para a produção de diversos eletrônicos. Como resultado, Trump aparentemente cancelou uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, agendada para o final deste mês na Coreia do Sul.

Em resposta, um porta-voz do Ministério do Comércio afirmou neste domingo que "recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China",.

Ainda afirmou que o país "tomará resolutamente as medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos".

"Nossa posição sobre uma guerra tarifária permanece consistente – não queremos uma, mas não temos medo de uma", completou.

A rápida escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo derrubou as ações, abalando investidores e indústrias ao gerar temores de uma repetição da batalha tarifária retaliatória da primavera, quando os impostos sobre as importações chinesas e americanas dispararam para cerca de 145% e 120%, respectivamente.

Pequim não dá sinais de recuar, com o porta-voz do ministério instando Washington a "corrigir prontamente sua abordagem equivocada" e "preservar o progresso duramente conquistado nas negociações". Ao que tudo indica, o comentário surtiu efeito na Casa Branca.