Polícia
Juiz que condenou jornalistas por denunciarem corrupção é irmão do líder de quadrilha que ‘surrupiou’ mais de R$ 87 milhões da saúde de Sinop, MT
Tanto o magistrado quando o advogado são filhos do Desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Jurandir Florêncio de Castilho, já falecido

É certo que cada um tem seu CPF e é certo também que cada um assume seus erros e acertos. Mas, é muito estranho saber que o advogado Hugo Florêncio de Castilho, irmão caçula do juiz de Cuiabá Jurandir Florêncio de Castilho, é um dos líderes da organização criminosa que ‘surrupiou’ R$ 87.419.285,0187 milhões da saúde do município de Sinop(500 KM de Cuiabá).
O juiz condenou os jornalistas Pedro Ribeiro e Laerte Lannes por – supostamente – terem constrangido por extorsão o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Antônio Joaquim. Na verdade, os dois jornalistas iniciaram uma série de reportagens em desfavor do conselheiro por corrupção no ‘seio’ do órgão e que culminou na Operação da Polícia Federal, Malebolge.
Tanto o magistrado quando o advogado são filhos do Desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Jurandir Florêncio de Castilho, já falecido.
O advogado Hugo Florêncio de Castilho, foi preso na quinta feira, 19, por Policiais Civis da Delegacia Especializada de Combate a Corrupção(Deccor).
Ele é um dos acusados de ‘orquestrar’ todo a trama de desvio de recursos público do município de Sinop. Hugo – e seu escritório(Castilho & Caldas Advogados Associados) estiveram à frente na defesa dos envolvidos na Operação Sodoma, por desvio de recursos públicos dos exs-gestores no Governo de Silval Barbosa.
Além de Hugo, foram presos também na Operação Cartão Postal, Célio Rodrigues(ex-secretário de saúde de Cuiabá), Jefferson Geraldo Texeira, Roberta Arend Rodrigues Lopes, Elizangela Bruna da Silva e João Bosco da Silva.
O procurador do município, o advogado Ivan Shneider e a secretária municipal de Saúde, Daniela Galhardo, ambos afastados do cargo.
A organização criminosa estava envolvida em fraudes na prestação de serviços na Prefeitura de Sinop.
Também foram alvos da Operação o médico cirurgião plástico, Euller Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves Preza e a dentista Fabíula Martins Lourenço, que usará tornozeleira eletrônica. Além de Ângela Maria Pitondo de Oliveira, Deise Juliani, Helena Maria Santos Barbosa, Bruno Borges e Adriana Teixeira Martins.
A Polícia cumpriu 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, São Paulo e nos municípios paulistas de Praia Grande e São Vicente.
Foram alvos, além de pessoas físicas, as seguintes empresas e escritórios: Instituto de Gestão de Políticas Públicas – IGPP,, Cuyabana Cervejaria Artesanal, Vida e Sorriso Clínica Médica e Odontológica (MedicPlus), HC Gestão em Informática, Mais Saúde Serviços Médicos e Hospitalares, Acácia Construtora e Incorporadora, Sappo Company Comercio Ltda, Pronto Mais Serviços Médicos e Hospitalares, DDigital Comércio e Serviços de Informática e S8 Service.
O escritório de advocacia Castilho e Caldas Advogados Associados do irmão do juiz, também foi alvo de buscas dos policiais.
A operação foi determinada pelo juiz criminal de Cuiabá, João Bosco Soares. No site do escritório Hugo de Castilho ele – afirma – que é servidor concursado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e esteve à disposição na presidência da assembleia legislativa de Mato Grosso.
Hugo e Célio Rodrigues seriam os ‘cabeças dessa célula criminosa que se uniram para desviar recursos públicos. Célio já foi preso várias vezes em Cuiabá por desviar recursos na saúde municipal cuiabana.
Ele e o advogado Hugo Florencio de Castilho, teriam supostamente ‘ligações estreitas’ com outros envolvidos na corrupção de Cuiabá, entre eles o prefeito Emanuel Pinheiro, os advogados Alex Passos e Rafael Cotrin(este último é genro do conselheiro do TCE/MT, Antônio Joaquim).
Tanto Alex quanto Rafael Cotrim foram afastados pela justiça por desviar dinheiro público de creches municipais da secretaria de educação da Prefeitura de Cuiabá.
Veja Outras Operações Envolvendo a Organização Criminosa
1. Sangria I - 2018
(Polícia Judiciária Civil) Fraudes em licitação na saúde, tendo como alvos o então secretário da pasta Huark Douglas, o então adjunto Flávio Taques, além de médicos e empresários. Envolvidos foram alvos de busca e apreensão e depois denunciados.
2. Sangria II – 2018
(Polícia Judiciária Civil) Esquema para atrapalhar as investigações sobre as fraudes na saúde. Os alvos foram os ex-secretário Huark Douglas, o ex-adjunto Flávio Taques e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer. Parte dos envolvidos foram condenados pela justiça federal com 3 anos e 8 meses de prisão, em regime aberto.
3. Overlap I
(Polícia Judiciária Civil) Esquema de corrupção para supostamente desviar dinheiro da Secretaria Municipal de Educação. Foram apontados como envolvidos os ex-secretários Alex Passos e Rafael Cotrin.
4. Overlap II
(Polícia Judiciária Civil) Esquema de corrupção para supostamente desviar dinheiro da Secretaria Municipal de Educação. Nessa fase o alvo da operação foi o então procurador do município Marcos Brito. A investigação foi trancada.
5. Overpriced I
(Polícia Judiciária Civil) Investiga desvio de dinheiro na compara de remédios para a Covid-19 em Cuiabá. Um dos A investigação continua em andamento. Entre os alvos foi o então secretário de saúde de Cuiabá, Luiz Pôssas.
6. Sinal Vermelho
(Polícia Judiciária Civil) Investiga desvio de dinheiro em fraude na compra de Semáforos Inteligentes para Cuiabá, o alvo da operação foi o então secretário de Mobilidade, Antenor Figueiredo. O processo está em tramitação na justiça
7. Overpriced II
Investiga desvio de dinheiro na compara de remédios para a Covid-19 em Cuiabá. Nessa segunda fase foram alvos além do ex-secretário Antônio Pôssas, o ex-adjunto João Henrique Paiva (Gestão), Milton Correa da Costa Neto (planejamento e R$ 2,1 milhões Operações), Luiz Gustavo Raboni (assistência em saúde) - ex-servidora Helen Cristina da Silva (cotação de preços) - V.P. Medicamentos, Inovamed e mt Pharmacy Investigação continua em andamento.
8. Curare I
(Polícia Federal) Esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá no valor de R$ 100 milhões. Um dos alvos foi o então secretário Célio Rodrigues, além de outras 20 pessoas e empresas. Ação tramita em segredo de justiça.
9. Colusão
(Polícia Federal) Operação que também investigou esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá, no valor de R$ 1,9 milhão. Entre os alvos estavam ex-secretário de saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho - ex-secretário adjunto, João Henrique Paiva - ex-diretor do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (cdmic). Elisandro Nascimento Ação tramita em segredo de justiça. Entre os envolvidos está a ex-secretária de Planejamento e Finanças, Juliana Rocha - outros dois servidores e três empresas.
10. Cupincha
(Polícia Federal) Esquema de desvio na saúde via contratação de leitos para Covid-19. Nesse suposto esquema, o ex-secretário Célio Rodrigues foi preso e afastado do cargo. Processo tramita em sigilo.
11. Capistrum
(Polícia Judiciária Civil) Investigou o esquema de contratação irregulares na Saúde de Cuiabá, com suspeita de desvio de R$ 16 milhões. Nessa operação foram alvos o prefeito, a primeira-dama e servidores. Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo. Processo tramita no Tribunal de Justiça.
12. Fake News
(Polícia Judiciária Civil) Organização criminosa montada para praticar crimes de calúnia e difamação contra adversários do prefeito Emanuel Pinheiro. Foram alvos o empresário e irmão do prefeito, Marco Polo (Popó), o jornalista Alexandre Aprá, os ex-servidores Willian Moraes e Luiz Augusto Vieira. Os envolvidos já foram indiciados.
13. Chacal
(Polícia Judiciária Civil) Esquema de contratação de médicos fantasmas na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Foram cumpridos mandados contra servidores da pasta. Investigação em andamento.
14. Palcoscênico
(Polícia Judiciária Civil) Esquema de desvio de dinheiro nas Secretarias de Saúde e de Gestão. Entre os alvos a ex-secretária de Saúde Ozenira Félix, o ex-procurador Marcus Britto e a ex-secretária Adjunta de Atenção Básica, Miriam Pinheiro. Foram bloqueadas as contas dos suspeitos e a investigação está em andamento.
15. Curare III
Continuidade da operação em que se apurou um suposto desvio de R$ 7 milhões na Empresa Cuiabá de Saúde e na Secretaria Municipal de Saúde Processo tramita em sigilo.
16. Operação Hypnos
(Polícia Judiciária Civil) Esquema na compra de medicamentos que não deram entrada na Saúde de Cuiabá. Entre os envolvidos estava o ex-secretários Célio Rodrigues e a empresa Remocenter Serviços Médicos. Investigação está em andamento.
17. Operação Overpay
(Polícia Judiciária Civil) Investiga fraude no pagamento por atendimento de pacientes junto a empresa LG Med Serviços e Diagnósticos. A operação que foi desencadeada hoje prendeu o ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, o médico Luiz Gustavo Raboni Palma, que seria dono da empresa investigada. Além disso outros quatro ex-servidores tiveram mandados de supressão da atividade pública cumpridos. Investigação está em andamento.
18. Operação Oterum
Polícia Federal. Policiais Federais e servidores da Controladoria Geral da União – CGU, realizaram a Operação Iterum, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que desviou recursos públicos federais destinados à saúde do Município de Cuiabá, e que deu um prejuízo aos cofres públicos estimados em 13 milhões de reais.
19. Operação Cartão Postal
Mesmo Modo Operandi realizado na saúde de Cuiabá. Policiais civis da Delegacia Especializada de Combate a Corrupção(Deccor) realizaram uma Operação na quinta feira, 19/10, para desarticular uma organização criminosa que desviou R$ 87.419.285,0187 milhões da saúde da Prefeitura de Sinop(500 KM de Cuiabá). Entre os líderes está Hugo Florêncio de Castilho, irmão do juiz de Cuiabá Jurandir Florêncio de Castilho, e o ex-secretário de saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues. Os policiais realizaram prisões e buscas e apreensões em residências dos envolvidos e em empresa nas cidades de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, São Paulo e nos municípios paulistas de Praia Grande e São Vicente. A operação foi determinada pelo juiz João Bosco Soares da Silva.