A Polícia Civil divulgou na tarde de terça-feira um organograma de funcionamento da organização criminosa que funcionava no ‘seio’ do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG).

De acordo com a Polícia, o grupo era formado por 20 integrante e tinham como lideres o vereador Pablo Pereira, União, e o diretor comercial do DAE, Alessandro Macaúbas, e cada integrante do grupo tinha uma tarefa definida de atuação e era formada por quatro núcleos distintos. Veja como era definido:

Primeiro Grupo

Vereador Pablo Pereira, União

Alessandro Macaúbas, diretor comercial do DAE

Segundo Escalão

Alex Sandro Proença, ex-servidor do DAE

Victor Hugo Mendes, ex-servidor do DAE

Aguinaldo Lourenço da Costa Silva, ouvidor do DAE Paulo Ricardo da Silva, TI da empresa LOG PRO

Anderson Kleiton Correa Botelho, agente de saneamento que era responsável pelo Setor de Cadastro

Leandro Humberto de Araújo, gerente comercial

Mario Sales Rodrigues Jr., coordenador comercial

Terceiro Escalão

Elizelle Fátima Gomes Moraes, noiva de Victor Hugo e também responsável por fazer refaturamentos Giliard José da Silva, atendente de consumidores Cintia Izabel Felfili, agente de saneamento

Quarto Escalão

João Victor Ferreira Campos, fiscal de vistoria ou de corte

Anderson de Lima Barros, fiscal de corte

Pedro Ferreira dos Santos, agente de saneamento Clébio Gonçalves, agente de saneamento

Josiel Pereira, atuava no trabalho interno da Diretoria Comercial

Edson Ribeiro Santos, fiscal de corte

Catilaine Metzler, casada com Mario Sales e que forneceu contas para receber valores das negociações ilegais

Biancca Lilian de Arruda, que tem um relacionamento com João Victor Ferreira e recebeu valores de negociações ilegais

Danielle Thais Arruda, ex de Anderson de Lima e que recebeu transferências por PIX

Everton da Silva, fiscal de corte que recebeu valores em sua conta

Na manhã de sexta-feira (20), policiais da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil de Mato Grosso, deflagrou, a Operação Gota d’Água para desarticular uma organização criminosa instalada na Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto do município de Várzea Grande (DAE-VG).

Foram cumpridos na operação 123 mandados judiciais, expedidos pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), juiz João Bosco Soares da Silva, entre prisões preventivas, busca e apreensão, suspensão de função pública, sequestro de bens e bloqueio de valores e medidas cautelares diversas.

Durante a investigação da Deccor foi identificada a cobrança de valores, por servidores públicos, para a execução de serviços que eram devidos pelo DAE aos consumidores. Auditorias ainda revelaram prejuízos para a autarquia em razão da exclusão ilegal de débitos e também em razão de diminuição indevida de valores de faturas, tudo mediante recebimento de dinheiro por servidores.

Em relação apenas às duas últimas espécies de fraudes, a estimativa é que desde 2019, a autarquia tenha sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 11,3 milhões.