Polícia
Quem é Edézio Corrêa, que foi preso acusado de chefiar uma das maiores quadrilhas que desviaram de Prefeituras de MT R$ 1,8 bilhão
Ele é apontado como pelo Naco como chefe da organização que domina um mercado de locação de veículos
Membros do Núcleo de Ações de Competência Originária(Naco)prendeu na quinta-feira, 07, Edézio Corrêa, o ‘chefe’ de uma das maiores quadrilhas de corrupção de Prefeituras de Mato Grosso.
Ele é apontado como pelo Naco como chefe da organização que domina um mercado de locação de veículos para o departamento de frotas dos municípios e que recebeu em cinco anos de contratos, R$ 1,8 bilhão.
Edézio é proprietário da empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e – conjuntamente – com sua família controla outras três empresas, Centro América Frotas Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda.
As locações de era registrado só no sistema e os municípios pagavam por isso, como por exemplo, o município alugava cinco veículos e pagava por 10 locações.
Membros do Naco – afirmam – que a organização criminosa tenha estendido as ‘teias’ da corrupção em outras áreas, como fornecimento de material de construção e até produtos e serviços médico-hospitalares. Membros do Naco já rastreavam, Edésio Corrêa, há vários meses antes da Operação Gomorra, ocorrido na quinta feira, 07, na Prefeitura de Barão de Melgaço(121 KM de Cuiabá).
Além dele outras cinco pessoas foram presas e outras tiveram buscas e apreensões, que são: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Jânio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo, apenas Karoline Quatti não foi alvo de mandado de prisão.
Os alvos são sócios das respectivas empresa e parentes de Edézio, e envolvidos no ‘esquema’ de corrupção. A prefeita de Barão de Melgaço Margareth Gonçalves da Silva(PSD)também foi alvo do Naco e teve buscas e apreensões em sua residência e na sede da Prefeitura.
A associação criminosa era organizada e era constituída para fraudar licitações das prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso. Edézio Correa, já havia sido denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso na Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa. Ele foi em 2017.
O Naco investiga outras Prefeituras que casaram prejuízos em R$ 1,8 bilhões aos cofres públicos. Não foram divulgadas informações dos advogados de Edézio e dos envolvidos sobre as acusações imputadas contra eles.
Nome da operação
Gomorra remete à operação Sodoma, que foi deflagrada em Mato Grosso no ano de 2015, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, para desmantelar a existência de uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias e recebimento de vantagens indevidas.
Um dos denunciados na ocasião voltou a ser investigado.
Sodoma e Gomorra eram duas cidades bíblicas que representavam o pecado, como a devassidão e o ateísmo. O Antigo Testamento relata que ambas foram destruídas por Deus com fogo e enxofre do céu.