Política
Recorde negativo em avaliação, queda entre grupos: o que mostra o Datafolha
Para o levantamento, instituto ouviu 2.007 brasileiros em 113 cidades, entre segunda,10, e terça-feira,11
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A pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14) mostrou uma série de quedas nos índices de avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além do recorde negativo no todo — que caiu 11 pontos percentuais em dois meses e atingiu o pior nível dos três mandatos do petista —, o índice também recuou entre os segmentos analisados.
A taxa de avaliação positiva é um compilado das respostas de entrevistados que consideram o governo “ótimo” ou “bom”.
Para o levantamento, o Datafolha ouviu 2.007 brasileiros em 113 cidades, entre segunda-feira (10) e terça-feira (11).
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Avaliação do governo
O índice de avaliação positiva caiu de 35%, em dezembro, para 24%, em fevereiro.
Os que acham o governo ruim ou péssimo são 41%. Em dezembro, eram 34%. Já a porcentagem de brasileiros que acham o governo regular oscilou, de 29% para 32%. Outros 2% não sabem.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Por sexo
A avaliação positiva do governo também caiu quando considerados os gêneros.
Em dezembro, a gestão tinha desempenho melhor entre o público feminino: 38% das mulheres consideravam o governo petista como “ótimo” ou “bom”. O índice foi a 24% em fevereiro e empatou com a taxa dos homens — que no levantamento anterior era de 33%.
Nesse segmento, a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Por cor
No recorte por cor, o índice caiu entre pessoas de todas as cores (pretos, pardos e brancos).
- Pretos: 29% (44% em dezembro)
- Pardos: 23% (36% em dezembro)
- Brancos: 21% (29% em dezembro)
A margem de erro é de 3 pontos percentuais entre pardos, 4 pontos percentuais entre brancos e 6 pontos percentuais entre pretos.
Por renda
A taxa também declinou entre pessoas de todas as rendas.
Lula mantém sua melhor avaliação entre quem ganha até dois salários mínimos, mas o índice caiu 15 pontos percentuais entre a última pesquisa, em dezembro, e a atual. Passou de 44% para 29%.
A margem de erro é de três pontos percentuais entre os mais pobres até 12 pontos percentuais entre os mais ricos.
- Até 2 salários mínimos: 29% (44% em dezembro)
- 2 a 5 salários mínimos: 17% (26% em dezembro)
- 5 a 10 salários mínimos: 18% (25% em dezembro)
- Mais de 10 salários mínimos: 18% (32% em dezembro)
Por religião
No quesito religião, Lula mantém sua melhor avaliação entre os católicos, mas o índice caiu 14 pontos percentuais entre a última pesquisa, em dezembro, e a atual. Passou de 42% para 28%.
Entre os evangélicos, o índice caiu cinco pontos percentuais, indo de 26% para 21%.
A margem de erro é de três pontos percentuais entre os católicos e seis pontos percentuais entre os evangélicos.
- Católicos: 28% (42% em dezembro)
- Evangélicos: 21% (26% em dezembro)