O município de pouco mais de 10 mil habitantes é um dos nove do país onde a população preta é predominante (representando 58% do total), superando o percentual de pardos (39%), brancos (2,7%), indígenas e amarelos (menos de 0,1%), segundo dados do Censo Demográfico de 2022.
Em 2010, ano do Censo anterior, apenas dois municípios brasileiros tinham predominância preta, segundo o IBGE: Antônio Cardoso (BA) e Lajeado (TO).
Em 2022, já eram nove, sendo oito deles na Bahia — Antônio Cardoso, Cachoeira, Conceição da Feira, Ouriçangas, Pedrão, Santo Amaro, São Francisco do Conde e São Gonçalo dos Campos —, além de Serrano do Maranhão.
Em seguida, vem o Maranhão, onde vivem 20,3% dos quilombolas do país.
Muitas das cidades com predominância de população preta têm presença relevante de quilombolas e descendentes de escravizados na sua população.
Na última edição do Censo, em relação a 2010, diminuiu o número de municípios com predominância branca, de 2.552 para 2.283, uma queda de 11%.
Na direção oposta, aumentou o número de municípios com predominância parda (de 2.990 para 3.245, alta de 9%), preta (de 2 para 9, avanço de 350%) e indígena (de 21 para 33, alta de 57%).
Confira um pouco da história dos nove municípios brasileiros onde pretos são o grupo étnico-racial predominante, uma das novidades da edição 2022 do Censo.