Cotidiano
O desespero dos empresários do Shopping Popular forçados a fechar as portas e já ameaçam processar a associação e o presidente Mizael Galvão pela catástrofe do incêndio
Muitos descontentes chegaram a perder R$ 2,5 milhões em produtos e que foram todos queimados
Há exatos uma semana, uma comerciante que tinha uma loja no Shopping Popular realizou um sonho que alimentava desde que começou a trabalhar como empresária há um ano e meio atrás: vendeu uma casa e investiu todo o dinheiro da venda em mercadorias para o seu próprio negócio.
Ela vendeu sua casa e usou todo o dinheiro e mercadorias para ‘rechear’ sua loja no Shopping, localizado no bairro do Porto e que sofreu o maior incêndio da história de Cuiabá, em 305 anos.
A comerciante – que prefere não ser identificada - teme ser forçado a abandonar seu “projeto de vida” por causa do grande incêndio de proporções catastróficas que ‘engoliu’ todo as 600 lojas do Shopping, inclusive a dela. “Foi uma rasteira. Apostei tudo nesse negócio e agora estou destruída. É dolorido”, disse ela ao Página 12, com a voz embargada.
Assim como ela, muitos pequenos empresários do Shopping, que dependiam das vendas do dia a dia para fechar as contas no fim do mês, agora estão arrasadas e já estudam processar a associação e o atual presidente pelos prejuízos causados.
Muitos descontentes chegaram a perder R$ 2,5 milhões em produtos e que foram todos queimados.
O grupo – cerca de 10 – culpam o atual presidente por omissão por ele não ter feito seguro do local e nem ter contratado Bombeiro Civil para o local e nem seguro, “ele(Mizael Galvão) se omitiu e terá que ser responsabilizado”, disse um outro comerciante.