O Instituto Brasil Cooperado (IBC), presidido por Maurício Coelho — ex-marqueteiro da Unimed Cuiabá —, divulgou uma série de documentos e análises segundo os quais o balanço apresentado pela atual diretoria da cooperativa conteria inconsistências que teriam resultado em prejuízos contábeis considerados artificiais.

De acordo com o IBC, teriam sido incluídas contas médicas sem auditoria prévia ou rejeitadas anteriormente por outros sistemas de controle interno. O Instituto também aponta que receitas de exercícios anteriores teriam sido transferidas de forma atípica para o período atual, supostamente com o objetivo de impactar os números finais do balanço.

Maurício Coelho declarou que parte dos valores atribuídos ao passivo seriam provenientes de intercâmbios de serviços médicos e provisões técnicas que, segundo ele, não foram devidamente comprovadas. “Eles não encontraram o rombo, eles fabricaram”, disse Coelho em entrevista. O Instituto informou que apresentará documentos adicionais e solicitou auditoria independente para esclarecer a origem dos dados contábeis.

Até o momento, a Unimed Cuiabá não divulgou manifestação oficial sobre as alegações.

O caso ocorre no contexto de disputas internas entre grupos de cooperados e deve ter novos desdobramentos após análise de órgãos reguladores e de fiscalização.

O Instituto afirma que seguirá publicando relatórios e documentos sobre o tema. A reportagem entrou em contato com a Unimed Cuiabá, que não respondeu até o fechamento deste material. Assim que houver posicionamento, ele será incluído na atualização desta matéria.