Mundo

Segundo dia de protestos pelo clima em Madri, cidade-sede da COP 25

07/12/2019

Manifestantes ocuparam pelo segundo dia seguido as ruas de Madri para exigir ação contra a mudança climática. Neste sábado (7), jovens bloquearam uma das das ruas mais emblemáticas da capital espanhola para protestar e dançar no que chamaram de uma "disco-bediência civil".

O protesto, convocado pelo movimento ambientalista Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção), bloqueou a rua central de compras Gran Vía. Os ativistas agitavam bandeiras e dançavam, a trilha sonora incluiu o clássico Stayin 'Alive, dos Bee Gees.

Apesar das temperaturas frias do inverno, alguns dos manifestantes dançavam sem camisa pela rua.

A "disco-bediência civil" coincide com a realização COP 25, aberta na última segunda-feira (2) com um pedido do secretário-geral das ONU, Antonio Guterres, de não ser a "geração ... que brincava enquanto o planeta queimava".

No encerramento da reunião, em 13 de dezembro, os negociadores esperam resolver as divergências restantes sobre como implementar um acordo firmado em Paris em 2015 sobre o aquecimento global.

A capital da Espanha se ofereceu para receber a cúpula, que aconteceria em Santiago do Chile, após o presidente Sebastián Piñera desistir de sediar a reunião em razão da revolta social que abala o país.

Marcha pelo clima

Na sexta-feira (6) capital espanhola recebeu uma marcha pelo clima, organizada pelo movimento Fridays For Future (Sextas Pelo Futuro), impulsionado pela jovem sueca, Greta Thunberg.

A marcha de Madri reuniu mais de 500 mil participantes, segundo os organizadores. Ela foi uma das maiores manifestações pelo clima que aconteceram no país. Em 27 de setembro, a maior até então, foram 20 mil manifestantes que pediam por ações para reverter as mudanças climáticas.

O que é a COP 25

 

É uma "Conferência das Partes" realizada por países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A convenção é um tratado internacional com objetivo de lidar com o aquecimento global, refletindo sobre o que já foi feito e o que ainda precisa ser adotado.