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A polícia de Washington formou nesta sexta-feira (29) um cerco de proteção à Casa Branca, sede do governo americano, à medida que se intensificam os protestos na capital dos Estados Unidos.
Washington é uma das cidades que registra manifestações em uma onda de protestos após a morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, pela polícia de Minessota. As manifestações avançaram pelo país e entre os ataques, houve a tentativa de invasão à uma delegacia em Nova York e bombas sendo arremessadas na sede da CNN, em Atlanta.
Em Washigton, o cerco foi realizado depois que os manifestantes se aproximarem da Pennsylvania Avenue, onde se localiza a Casa Branca. Agentes do serviço secreto não estão permitindo a entrada nem a saída do local. A CNN procurou o Serviço Secreto dos Estados Unidos, que ainda não se manifestou.
Uma barricada de policiais tenta conter a invasão à emissora americana e, dezenas de manifestantes arremessam objetos e bombas em direção aos policias. O artefato pôde ser visto explodindo enquanto o repórter Nick Valencia e sua equipe estavam no ar com âncora Chris Cuomo.
Ainda em frente à sede principal da CNN em Atlanta, na Geórgia, os manifestantes exibiram placas com a mensagem #BlackLivesMatter, que em português significa "vidas negras importam". Uma bandeira dos Estados Unidos foi queimada em frente ao CNN Center.
A cidade de Atlanta também registra incêndios em veículos e em parques. "Isto não é um protesto, é o caos", disse a prefeita Keisha Lance Bottoms.
Manifestantes e policiais se enfrentaram em vários incidentes na noite desta sexta-feira em frente ao Barclays Center, em Nova York. Alguns manifestantes jogaram garrafas de água e uma garrafa de tinta nos policiais do Departamento de Polícia de Nova York.
Em Charlotte, na Carolina do Norte, dezenas de pessoas foram presas após jogarem pedras em policias em frente à uma delegacia.
A onda de protestos também atingiu os estados do Texas e Califórnia. Na cidade de São José, manifestantes bloquearam a rodovia 101 e quebraram os vidros dos carros. Enquanto em Houston, pessoas se reuniram com faixas ilustrando a frase "Black Lives Matter". A cidade de Dallas também reúne manifestantes em um ato pacífico.
"Estamos te dando as ruas, mas não encoste em nossos oficiais", disse a chefe do departamento de polícia de Dallas, Renee Hall.
Em Las Vegas, Nevada, os protestos tomaram conta da principal avenida da cidade, a Las Vegas Strip, onde estão os famosos hotéis e cassinos. Até o momento, trata-se de uma caminhada pacífica. O Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas diz que está criando uma área de isolamento para a imprensa.
Uma equipe de reportagem da WAVE, afiliada da CNN, estava ao vivo de Louisville, Kentucky, esta noite, quando foram diretamente atingidos por policiais com o que o repórter descreveu como balas de pimenta.
"Acho que estávamos atrás da linha deles, acho que um pouco perto demais", pôde ser ouvida ao vivo a repórter da WAVE, Kaitlin Rust.
Floyd morreu após ser abordado, algemado e agredido por policiais mesmo sem apresentar resistência, em um vídeo que viralizou nas redes sociais. Nesta sexta, o policial Derek Chauvin, que ajoelhou no pescoço do homem, foi preso.
O governador do Minnesota, Tim Walz, decretou toque de recolher a partir das oito horas da noite desta sexta-feira nas cidades de Minneapolis e St. Paul. "Esse é o momento de reconstruirmos a nossa comunidade e isso começa com a segurança nas nossas ruas", disse Walz.
"Milhares de minnesotans [gentílico de quem nasceu no estado] expressaram seu luto e frustração de uma maneira pacífica. Mas as ilegais e perigosas ações de outros, por baixo da capa da escuridão, causaram danos irreversíveis e prejuízos para a nossa comunidade", completou.
