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Luta contra a Covid-19 avança com remédio imunizante e mais 2 vacinas na fase 3
As mais recentes candidatas a vacina contra a Covid-19 a chegar ao último estágio de desenvolvimento são a Covaxin, iniciativa indiana, da empresa Bharat Biotech, e a RBD-Dimer, do laboratório chinês Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical
30/12/2020
Uma alternativa às vacinas
A AstraZeneca, farmacêutica anglo-sueca, além de desenvolver estudos em busca de uma vacina ao lado da Universidade de Oxford, também trabalha na criação de um possível medicamento que pode dar imunidade instantânea à Covid-19. Trata-se da droga batizada de "AZD7442", feita a partir da combinação de anticorpos. Os estudos do medicamento já estão na fase três de testagem e envolvem a participação de mais de 6 mil pessoas. Em cerca de 5 mil delas, a análise focará na capacidade do medicamento de prevenir a infecção por até 12 meses. Em outras 1,1 mil, o objetivo será avaliar a capacidade de ação da substância depois que um voluntário for exposto ao vírus. Em entrevista ao jornal The Guardian, do Reino Unido, cientistas britânicos afirmaram acreditar que o medicamento já esteja disponível no mercado entre março e abril de 2021, caso tenha eficácia e segurança comprovadas por testes clínicos.Os caminhos dos laboratórios
Ferramentas diferentes têm sido utilizadas no desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus. Segundo monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os estudos que buscam criar imunizantes, ao menos 10 métodos diferentes foram escolhidos por cientistas em todo do mundo. Dentre as pesquisas que já chegaram às fases clínicas, as plataformas mais populares são as chamadas “subunidade proteica”, “vetor viral não-replicante”, “vetor viral replicante”, “DNA”, “RNA” e “vírus inativado”. As vacinas a base de proteína são as mais numerosas. De acordo com a OMS, 18 dos 60 possíveis imunizantes em testes clínicos usam essa técnica. Nesse tipo de vacina, fragmentos de proteína do novo coronavírus são aplicados no corpo humano. Grande parte das iniciativas utiliza a proteína spike, que tem papel importante na resposta imunológica. No segundo lugar do ranking de ferramentas mais utilizadas está a técnica do vetor viral não-replicante, feita a partir de vírus geneticamente modificados para produzir proteínas da Covid-19, mas enfraquecidos e incapazes de causar a doença. No caso de vetores não-replicantes, o vírus enfraquecido não pode se multiplicar dentro das células. Atualmente, segundo a OMS, nove imunizantes em fases clínicas utilizam esse método. Já as vacinas feitas a partir de DNA e RNA envolvem o uso de informações genéticas do vírus. Apesar de ser uma tecnologia mais fácil de se colocar em prática, ela nunca foi utilizada em qualquer imunizante licenciado. Essas vacinas inserem ácido nucleico nas células humanas, fazendo com que o corpo produza cópias de proteínas da Covid-19 e, em seguida, ative o sistema imunológico. Até o momento, oito candidatas a vacina utilizam o método do DNA e outras sete são feitas a partir de RNA. A plataforma do vírus inativado, por sua vez, envolve modificar o vírus da Covid-19 com partículas químicas ou calor. A ideia é gerar mutações no vírus até que ele se torne incapaz de causar a doença, mas ainda assim produza resposta imunológica no corpo humano. Vacinas como a da poliomielite e a do sarampo utilizam esse método. Segundo a OMS, oito possíveis imunizantes contra o novo coronavírus utilizam a técnica do vírus inativado.Mais lidas
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