4 mudanças em Gaza após conflito entre Israel e Hamas que abalou Oriente Médio em 2021
Foi um conflito breve, mas cuja intensidade gerou alarme e preocupação em todo o mundo
PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM BBC BRASIL28/12/2021
Foi um conflito breve, mas cuja intensidade gerou alarme e preocupação em todo o mundo.
Em maio de 2021, o grupo militante islâmico Hamas e as Forças de Defesa de Israel travaram um confronto que durou 11 dias.
Nesse período, o primeiro lançou 4,3 mil foguetes da Faixa de Gaza para cidades e vilarejos no centro e sul de Israel, enquanto o segundo realizou cerca de 1,5 mil bombardeios aéreos no densamente povoado território palestino, segundo dados de um relatório da ONU.
As ações de Israel deixaram um saldo fatal de pelo menos 230 mortes, incluindo 130 civis; enquanto foguetes disparados por grupos palestinos mataram 13 pessoas em Israel e — por acidente — cerca de 15 palestinos em Gaza.
Um dos estopins para o conflito foram os confrontos entre a polícia israelense e os manifestantes palestinos em um local em Jerusalém sagrado para muçulmanos e judeus.
Foi nesse contexto que o Hamas começou a disparar foguetes contra o território israelense e Israel respondeu com bombardeios na Faixa de Gaza.
As hostilidades chegaram ao fim com um acordo de cessar-fogo mantido em grande parte, apesar de ataques de pequena escala, como o assassinato em novembro de um guia turístico israelense em Jerusalém por um professor palestino militante do Hamas.
1. Popularidade do Hamas aumenta (e diminui)
O conflito em maio terminou com extensos danos estruturais em Gaza.
Mais de 1 mil casas foram destruídas ou danificadas nesse território palestino.
Apesar disso, o Hamas se autoproclamou vencedor do conflito.
E, pelo menos em termos da opinião pública palestina, foi o que aconteceu, de fato.