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Trump fracassa em tentativa de adiar julgamento sobre suborno
Trump, que é cotado para assumir a Casa Branca ano que vem, se declarou inocente das 34 acusações de falsificação de registros comerciais
Um juiz de apelação do Estado de Nova York negou, nesta segunda-feira (8), o pedido de Donald Trump para adiar seu julgamento criminal de 15 de abril sobre as acusações decorrentes de um suborno pago a uma estrela pornô, enquanto o ex-presidente dos EUA procura transferir o caso para fora de Manhattan.
A juíza associada Lizbeth Gonzalez emitiu sua decisão logo após uma audiência de meia hora na Divisão de Apelações em Manhattan, um tribunal estadual de recursos de instância intermediária.
Emil Bove, advogado de Trump, disse durante a audiência que seu cliente estava tentando suspender o caso enquanto aguardava o pedido de transferência do julgamento das acusações feitas pelo promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg.
Um promotor do escritório de Bragg, Steven Wu argumentou que Trump esperou muito tempo para se opor a ser julgado em Manhattan, onde ele já morou. As acusações foram apresentadas em abril de 2023.
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Bove não especificou onde a equipe de Trump gostaria que o julgamento fosse realizado. Bove disse que uma pesquisa realizada pela equipe jurídica de Trump com residentes de Manhattan, uma das cinco regiões da cidade de Nova York, que é fortemente democrata, revelou que 61% dos entrevistados achavam que Trump era culpado e 70% tinham uma opinião negativa sobre ele.
“Há um potencial real de predisposição”, disse Bove. “A seleção do júri não pode prosseguir de maneira justa a partir da próxima semana neste condado.”
Wu disse que os jurados tendenciosos podem ser eliminados durante o processo de seleção do júri e que Trump não pode citar a atenção da mídia como motivo para adiar o julgamento.
“Ele mesmo foi responsável por alimentar essa publicidade”, disse Wu.
Um julgamento criminal seria o primeiro para um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de encobrir o pagamento de 130.000 dólares feito por seu ex-advogado Michael Cohen à estrela pornô Stormy Daniels em troca do silêncio dela, antes da eleição presidencial de 2016, sobre um encontro sexual que ela disse ter tido com Trump uma década antes. Trump tem negado qualquer encontro com Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford.
Esse é um dos quatro processos criminais que ele enfrenta. Os outros decorrem de seus esforços para reverter sua derrota nas eleições de 2020 para Biden e de manter documentos confidenciais do governo após deixar a Presidência em 2021. Trump se declarou inocente de todas as acusações.