Após quinze anos foragido da justiça, a Polícia de Captura(Polinter) da Polícia Civil prendeu na tarde desta terça feira, 22, próximo a Ponte de Ferro em Cuiabá, Benedito Costa Miranda, de 47, que teria matado a advogada Marluce Maria Alves, 53, e seu filho Rodolfo Alves Lopes, 24 em 2004. A morte de mãe e filho teria sido orquestrado pelo Delegado Edgar Froes, que foi expulso dos quadros da Polícia Civil. O duplo homicídio ocorreu na residência de Marluce, na rua Tóquio no bairro Shangri-la em Cuiabá no dia 18 de março de 2004.
A encomenda contra mãe e filho teria sido feito orquestrado pelo Delegado que contratou a Benedito. Ele por sua vez teria terceirizado a empreita para um adolescente de 17, na época. Conforme acusação do Ministério Público, o adolescente teria sido levado até a residência das vítimas por um motoqueiro identificado como Hildebrando Passos.
Ele entrou na casa e matou Marluce e Rodolfo com um tiro na nuca. Benedito e Hildebrando foram julgados como co-autores dos homicídios. O caso Sangri-la teria começado por causa de uma divida de R$ 32 mil, que a vítima Marluce tinha com Trajano Souza Filho. Como não conseguiu pagar, Maluce e o filho fizeram Boletim de ocorrência na Delegacia onde atuava Froes. Após acerto feito entre Marluce e Trajano com a anuência de Froes, a vítima teria começado a efetuar o pagamento para o credor, Trajano.
Os pagamentos eram entregues ao Delegado que repassava para Trajano. Após algum tempo Froes não teria mais repassado o dinheiro para o credor, Trajano mais tarde teria cobrado Marluce sobre a dívida. Marluce teria então procurado o Delegado e o ameaçou em denunciá-lo na Corregedoria da Polícia Civil. Após ser ameaçado, afirma denuncia do Ministério Público, o Delegado teria resolvido arquitetar um roubo e o assassinato de mãe e filha.