Política

7 de Setembro: Bolsonaro usa Rolls Royce e desce do palanque para acenar ao público no desfile

07/09/2019

O presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado (7) do desfile do Dia da Independência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O desfile durou duas horas e 18 minutos. Foi o primeiro de Bolsonaro em comemoração do 7 de Setembro na condição de presidente.

O presidente chegou de Rolls Royce e, depois de iniciado o evento, desceu do palanque, cercado por seguranças e acompanhado do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), para acenar ao público das arquibancadas.

Antes de deixar o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, para se dirigir à área do desfile, Bolsonaro fez um curto pronunciamento à TV Brasil, emissora oficial. Na fala, disse que a independência nada vale sem liberdade, "essa por tantas e tantas vezes ameaçada por brasileiros que não têm outro propósito senão o poder pelo poder".

Usando a faixa presidencial, Bolsonaro chegou às 8h47 ao local onde o aguardava o Rolls Royce presidencial, de 1952, utilizado pela primeira vez em 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas.

Ele seguiu de pé em carro aberto, acenando para o público, até o palanque das autoridades, situado a dois quilômetros.

No carro, estava acompanhado de um dos filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que seguiu sentado no banco de trás.

No caminho, o carro parou, e um menino – Ivo César Gonzales, de 9 anos – foi colocado dentro do veículo, onde permaneceu ao lado de Bolsonaro até o fim do trajeto.

O presidente chegou ao palanque das autoridades às 9h02. Antes de subir, cumprimentou ministros, o vice-presidente Hamilton Mourão e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que o aguardavam.

Entre os ministros, estavam presentes Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Augusto Heleno (Segurança Institucional), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Abraham Weintraub (Educação) e Tereza Cristina (Agricultura).

No palanque, Bolsonaro era aguardado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, trajada com um vestido amarelo, e por convidados, entre os quais o bispo Edir Macedo, o apresentador Silvio Santos e o empresário Luciano Hang.

Em seguida , houve a execução do hinos Nacional e da Independência pela fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas dos Dragões da Independência, com coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília. Bolsonaro ouviu os hinos postado de pé, ao lado de Michelle e do vice Mourão.

Às 9h17, o comandante militar do Planalto, general Sérgio da Costa Negraes, em um veículo blindado que se posicionou em frente ao palanque, pediu e recebeu autorização de Bolsonaro para o início oficial do desfile, encerrado às 11h35.

Quarenta minutos depois de iniciado o desfile, Bolsonaro desceu do palanque e, ao lado do ministro Sergio Moro e cercado por seguranças, se dirigiu a vários pontos das arquibancadas a fim de acenar para o público. Antes de voltar ao palanque, se dirigiu até a banda, pegou uma batuta e brincou de reger os músicos.

Segundo o edital publicado no "Diário Oficial da União", o desfile deste ano custou R$ 971,5 mil, valor 19% superior ao de 2018, orçado em R$ 816,8 mil.

No final do dia, Bolsonaro viajará para São Paulo, onde será submetido a uma cirurgia neste domingo (8) para corrigir uma hérnia em cicatriz motivada por cirurgias pelas quais passou por ter sofrido uma facada no ano passado, em ato da campanha eleitoral.

Durante a internação de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão assumirá a Presidência por cinco dias (de domingo a quinta-feira).

PGR

Ao chegar ao Palácio da Alvorada após o desfile, Bolsonaro concedeu uma rápida entrevista. Disse acreditar que o indicado para procurador-geral da República, Augusto Aras, seja aprovado pelo Senado Federal "sem problemas".

Nesta sexta-feira (6), dois procuradores da República em Sergipe desistiram de assumir cargos de comando no Ministério Público Federal no estado em protesto contra a indicação de Aras, que não figurava na lista tríplice resultante de eleição promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República e enviada a Bolsonaro.

Para o ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles, a decisão do presidente de indicar Augusto Aras é “deplorável sob todos os aspectos”.