Política

“Temos que nos orgulhar do nosso Judiciário”, diz Moro após ser absolvido pelo TSE

Senador e ex-juiz da Lava Jato falou com jornalistas nesta quarta-feira (22)

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 22/05/2024
“Temos que nos orgulhar do nosso Judiciário”, diz Moro após ser absolvido pelo TSE
Por unanimidade, os ministros rejeitaram os recursos que pediam a cassação do mandato do senador | Divulgação

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) repercutiu a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o absolveu de duas ações sobre abuso de poder econômico nas eleições de 2022, e elogiou o Judiciário brasileiro.

“Não vi críticas ao conteúdo jurídico desse julgamento. E aí nós temos que nos orgulhar do nosso Judiciário, que mostrou essa independência. E mostramos, mais uma vez, que nada é impossível, que nós podemos sim vencer esses desafios”, disse a jornalistas na manhã desta quarta-feira (22).

Por unanimidade, os ministros rejeitaram os recursos que pediam a cassação do mandato do senador.

No início de sua fala, Moro comparou o cenário que levou ao julgamento com momentos anteriores de sua trajetória profissional.

“Quando era juiz, diziam que era impossível combater no Brasil a grande corrupção e acabar com a impunidade. E nós fizemos a Lava Jato – produto, sim, das instituições brasileiras, mas em relação a qual eu tive uma participação relevante”, afirmou.

Sobre o período em que esteve a frente do Ministério da Justiça, o ex-juiz da Lava Jato destacou o combate ao crime organizado.

“Diziam também que era impossível combater o crime organizado e diminuir a criminalidade no Brasil”, relatou.

“Pois bem, nós fizemos, isolamos as lideranças do PCC em presídios federais de segurança máxima, acabamos com a comunicação deles com o mundo externo, não monitorado”, acrescentou o senador.

Na avaliação do parlamentar, o julgamento de ontem “se insere nesse cenário”.

“Ano passado muita gente sem conhecimento afirmava que era impossível a preservação do meu mandato”, afirmou.

Os recursos no TSE eram do PL e da federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), que recorreram contra uma decisão da Justiça Eleitoral no Paraná.