Integrantes do núcleo mais próximo a Jair Bolsonaro afirmam não acreditar na possibilidade de prisão do ex-mandatário, tornado réu pela Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado.

Após a confirmação pela primeira turma do STF, o assunto voltou ao foco do debate entre líderes da direita e apoiadores do ex-presidente nas redes sociais.

A avaliação do entorno de Bolsonaro, no entanto, é que uma detenção, nos próximos meses, poderia acirrar ainda mais o debate político sobre o assunto e prejudicar a imagem do judiciário, acusado de imparcialidade diante do tema.

O entendimento, de acordo com fontes ouvidas pela CNN, é que o julgamento na Corte terá um longo percurso, e não seria interessante para os magistrados — e para Alexandre de Moraes — insuflar movimentos bolsonaristas.

Nas últimas semanas o ex-presidente tem reforçado a narrativa de que é vítima de uma perseguição política, responsável por enfraquecê-lo no pleito de 2022 e também nas próximas eleições.

O discurso deve ser intensificado nos próximos meses por integrantes da oposição e pelo próprio ex-presidente, que planeja uma série de viagens pelo país e encontros com grupos de apoiadores.

A avaliação é compartilhada pelo líder da oposição no senado, Rogério Marinho. Para o parlamentar, Bolsonaro não deve ser alvo nem mesmo de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.