Política

Em nenhum momento agi fora da constituição, diz Bolsonaro

Ex-presidente presta depoimento nesta terça-feira (10) no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 10/06/2025
Em nenhum momento agi fora da constituição, diz Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (10), durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), que sempre atuou dentro dos limites constitucionais | BBC

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (10), durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), que sempre atuou dentro dos limites constitucionais, mesmo admitindo que, por vezes, se exaltou em suas falas.

“Não me viram desrespeitar uma só ordem, não me viram em nenhum momento agir contra a constituição. Eu joguei dentro das quatro linhas o tempo todo. Muitas vezes eu me revoltava, falava palavrão, falava o que não devia falar, sei disso. Mas no meu entender fiz aquilo que tinha que ser feito”, afirmou Bolsonaro.

A declaração aconteceu durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

No momento em que realizou a declaração, o ex-presidente segurou um exemplar da Constituição Federal e o exibiu durante sua fala.

Bolsonaro é interrogado neste momento pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, a seguir será a vez do procurador geral da república, Paulo Gonet. Em seguida, as defesas de outros réus podem optar por questionar o ex-presidente.

STF deve ouvir ainda os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, que também foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.

Pela manhã, foram colhidos os depoimentos dos réus: Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI.

Os interrogatórios tiveram início na na segunda-feira (9), quando foram ouvidos o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem.