Os países do Brics conseguiram superar o impasse provocado pelo Irã e alcançaram um acordo sobre os termos da declaração que será submetida aos líderes do grupo neste domingo (6).

Segundo relatos feitos à CNN por autoridades envolvidas nas negociações, não há mais pontos de indefinição e o texto será levado sem divergências para os líderes, que vão se reunir no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro.

De acordo com fontes, o Egito e a Etiópia também aceitaram apoiar uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, um item considerado imprescindível pelo Brasil -- junto com Índia e África do Sul. Os dois africanos manifestavam ressalvas.

Os países do Brics teriam concordado, ainda, em expressar "sérias preocupações" com medidas unilaterais de aumento das tarifas -- uma referência óbvio à guerra comercial deflagrada por Donald Trump, embora sem menção direta aos Estados Unidos.

O ponto mais problemático para a costura da declaração final era a exigência do Irã em endurecer os termos de uma nota conjunta, divulgada pelo Brics há duas semanas, condenando os ataques dos Estados Unidos e de Israel a alvos militares e instalações nucleares do país.

Nesta sexta-feira à noite (4), negociadores demonstravam preocupação com o risco de uma trava para o comunicado final da cúpula, já que discordavam quanto à linguagem usada.

Segundo relatos, eles voltaram à mesa de negociações durante a madrugada e neste sábado (5). Os termos do acordo ainda não são conhecidos.