Um escândalo sacudiu a tranquila cidade de Nova Maringá, a 392 km de Cuiabá, na segunda-feira (13). O padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, foi flagrado pelo noivo de uma fiel dentro da casa paroquial, em uma situação que deixou a população perplexa e causou revolta nas redes sociais.

O vídeo, gravado pelo próprio noivo, mostra o momento em que ele arromba a porta da residência religiosa após o padre se recusar a abrir. Dentro do imóvel, a noiva é encontrada escondida e chorando embaixo da pia do banheiro, em visível estado de nervosismo. A cena provocou grande comoção entre os moradores da cidade, que tem pouco mais de 5 mil habitantes.

Durante a tarde e a noite, as imagens circularam intensamente em grupos de WhatsApp e redes sociais, com diversos internautas exigindo providências por parte da Igreja.

A Diocese de Diamantino, responsável pela paróquia local, confirmou na noite desta segunda-feira que instaurou procedimento de investigação canônica contra o padre Luciano.

“Comunicamos que, tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus, todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas. Pedimos a compreensão e a oração de todos”, diz o comunicado oficial emitido pela Diocese.

Em áudio que circula nas redes sociais, o sacerdote nega qualquer envolvimento íntimo com a fiel e afirma que apenas autorizou que ela usasse o quarto externo para tomar banho e trocar de roupa, pois teria trabalhado na igreja pela manhã.

“Ela brincou ‘padre, eu vou dormir ali’, e eu disse que era para ela dormir do lado de fora. Ela estava sozinha e o menino [noivo] tinha viajado”, justificou.

Apesar da explicação, o vídeo do flagrante — com o padre se recusando a abrir a porta e a mulher escondida no banheiro — levantou suspeitas e alimentou a pressão popular por uma punição exemplar.

Procurada pela imprensa, a família da mulher preferiu não se manifestar sobre o caso até o momento. O padre também não respondeu aos contatos da reportagem do Página 12.