Economia e Negócios
O dólar à vista fechou em alta de 0,39%, a 3,942 reais na venda. Na semana, a moeda acumulou valorização de 1,30%.
Na B3, o dólar futuro tinha elevação de 0,50%, para 3,9465 reais.
O dólar subiu em oito das últimas dez sessões, num movimento puxado sobretudo pelo ambiente internacional, onde escalaram preocupações com a economia global conforme China e EUA endureciam o tom na batalha tarifária enfrentada entre ambos há mais de um ano.
A moeda norte-americana saltou 5,42% no somatório das quatro semanas seguidas de ganhos. Mas tamanha apreciação começa a alimentar expectativas de alguma correção de baixa.
"Acreditamos que o movimento recente do real foi mais intenso do que seria consistente com os fundamentos atuais e o aumento do prêmio de risco", disseram analistas do Itaú Unibanco, que veem espaço para "alguma apreciação". O Itaú manteve estimativa de dólar a 3,80 reais ao fim de 2019, mas vê a cotação indo aos 4 reais no término de 2020.
Nesta semana, o dólar futuro bateu 4,0000 reais pela primeira vez desde 31 de maio.
Analistas do Bradesco consideram que os efeitos do quadro externo mais turbulento são "transitórios". Por isso, mantiveram expectativa de dólar a 3,80 reais para o fim de 2019 e 2020.
"Os fundamentos das contas externas e a melhora da perspectiva de solvência fiscal devem levar a uma apreciação adicional da moeda, uma vez passada essa fase de maior volatilidade", afirmou o Bradesco em relatório.