Mundo
Ministro da Defesa da Ucrânia é criticado após marcha de cadetes de salto alto
Ministro que idealizou calçado foi acusado de misoginia por congressistas, mas governo afirmou que desfile oficial terá sapatos diferentes
04/07/2021
Acusação de misoginia
Dezenas de comentários críticos foram postados no Facebook, incluindo acusações de "sexismo e misoginia" e desprezo pelas mulheres entre os líderes do Ministério da Defesa. Várias legisladoras ucranianas apareceram no parlamento com pares de sapatos de salto alto e incentivaram o ministro da Defesa a usá-los no desfile. "É difícil imaginar uma ideia mais idiota e prejudicial", disse a congressista Inna Sovsun. Ela também disse que as militares ucranianas, - assim como os homens - estão arriscando suas vidas e "não merecem ser ridicularizadas". A congressista Olena Kondratyuk disse que as autoridades deveriam se desculpar publicamente por "humilhar" as mulheres e conduzir um inquérito para descobrir quem tomou a decisão sobre os sapatos. Kondratyuk disse que mais de 13.500 mulheres lutaram no conflito atual no leste da Ucrânia, onde o país tem lutado contra separatistas apoiados pela Rússia em um conflito que matou mais de 13.000 pessoas desde 2014. No geral, mais de 31.000 mulheres agora servem nas forças armadas ucranianas, incluindo mais de 4.000 oficiais, ela informou à agência Radio Free Europe. O serviço de imprensa das forças armadas ucranianas disse à agência que os sapatos de salto alto foram escolhidos pelas próprias militares, a partir de uma ordem do ministro da defesa. No dia seguinte à postagem, Taran anunciou que as cadetes usariam um uniforme diferente no desfile, incluindo um tipo diferente de calçado. A deputada governista Marina Bardina disse que os sapatos no desfile "serão diferentes". Segundo ela, o ministério também concordou em trabalhar em conjunto para estabelecer a igualdade nas forças armadas e apoiar as mulheres no serviço e que a legislação já havia sido introduzida para esse fim.
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