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Justiça da Argentina decide extraditar foragidos do 8 de janeiro
Pedido foi feito à Argentina pelo ministro Alexandre de Moraes; cabe recurso contra decisão
O juiz Daniel Rafecas, do Tribunal Federal Criminal número 3 da Argentina, determinou nesta quarta-feira (3) a extradição de cinco condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes do Brasil em 8 de janeiro de 2023 que estão presos no país.
Ao final da audiência, advogados dos foragidos afirmaram à CNN Brasil que vão recorrer decisão no Supremo Tribunal Federal da Argentina.
Joelton Gusmão de Oliveira, Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, Joel Borges Correa, Wellington Luiz Firmino e Ana Paula de Souza, foram detidos no final do ano passado na Argentina, após terem extradição solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Eles foram condenados a penas que variam entre 13 e 17 anos de prisão no Brasil.

Quando chegaram ao país de Javier Milei fugindo do Brasil, os condenados brasileiros pediram refúgio à Conare (Comissão Nacional para os Refugiados da Argentina), mas não obtiveram resposta até o momento da prisão.
Tendo em vista que esse organismo ainda precisa se pronunciar mesmo após essa sentença judicial, considera-se que a palavra final acerca da extradição dos brasileiros será de Javier Milei.
A Conare é composta por representantes dos ministérios do Interior, Justiça, Segurança e Relações Exteriores da Argentina.
Audiência de extradição
Presos no final do ano passado, os cinco foragidos tiveram o julgamento de extradição adiado três vezes na Argentina.
Nesta quarta, eles chegaram aos prédios de Comodoro Py, onde ficam os Tribunais Federais da Argentina, algemados e escoltados por guardas do Serviço Penitenciário Federal do país.

Durante a audiência, os brasileiros contaram com tradução simultânea.
Além do promotor federal argentino que realizou o pedido de extradição, o Brasil também foi representado por advogados locais contratados pela AGU (Advocacia-Geral da União).