A Polícia Federal em Mato Grosso investiga a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por cobrar até R$ 130 mil para que agências fazem o trâmite para que o estudante de medicina de outros Países possam estudar, sem fazer o revalida. A denuncia foi feita à PF pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Segundo a AMB, os estudantes de medicina de outros Países estão matriculando na UFMT, sem fazer o revalida. A denunciai foi feita para a Polícia Federal que investiga o ‘esquema´ envolvendo a instituição e as agências para fazerem o trâmite, sem a aplicação de prova. Além da UFMT a Universidade Brasil, localizado no interior de São Paulo, também está na organização da fraude. Em setembro a Polícia Federal prendeu os diretores da Universidade Brasil na operação Vagotomia.
O estudante que não conseguia ser aprovado no revalida era cooptado pela organização, através das agências, para fazer um curso de complementação e conseguir o registro de médico fornecido pela UFMT. Segundo Lincon Ferreira, presidente da AMB, o pagamento para a organização era feitos à vista ou através de transferências veículos ou imóveis, ”os alunos eram sondados para pagar valores vultuosos nos cursos complementares”, disse o presidente.
No primeiro momento as agências procuravam os estudantes de medicina na Bolívia, Paraguai e Argentina oferecendo ajuda para quem reprovasse na prova do revalida.
A partir daí os agenciadores ofereciam cursos de complementação, e que seria um ‘reforço’ para as próximas provas do revalida. Mas, na verdade, afirma o presidente da AMB, bastava o curso de complementação para ganhar o registro. E para fazer o curso de complementação, o acadêmico de medicina teria que desembolsar R$ 130 mil.
A Polícia Federal deve realizar nos próximos dias a segunda fase da operação vagatomia contra os agenciadores, servidores da UFMT e os acadêmicos que compraram o curso de complementação e tiveram o registro aceito pela UFMT.