Polícia

Médica que atropelou e matou verdureiro em Cuiabá em 2018, não irá mais ser julgada pelo Tribunal do Júri

A médica dermatologista Letícia Bortolini que atropelou e matou em 2018 o verdureiro Francisco Lúcio Maia, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, não irá mais ser julgada pelo Tribunal do Júri

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA 25/11/2022
Médica que atropelou e matou verdureiro em Cuiabá em 2018, não irá mais ser julgada pelo Tribunal do Júri
Foto: Arquivo
A médica dermatologista Letícia Bortolini que atropelou e matou em 2018 o verdureiro Francisco Lúcio Maia, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, não irá mais ser julgada pelo Tribunal do Júri. Ela agora responderá por homicídio culposo quando não há intenção de matar. A decisão é do juiz da 12ª Vara Criminal, Wladymir Perri, que desclassificou a conduta da médica de homicídio doloso, quando há intenção de matar, para crime culposo, nos crimes de trânsito. O crime aconteceu em 14 de abril de 2018, por volta das 19h35, na avenida Miguel Sutil, em frente à agência do Banco Itaú do bairro Cidade Verde. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, a médica, “conduzindo veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, em velocidade incompatível com o limite permitido para a via, assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matou a vítima Francisco Lucio Maia”. A defesa da médica nega que ela estivesse alcoolizada. Ainda de acordo com o MP/MT MPMT, após atropelar o verdureiro, a denunciada deixou de prestar socorro imediato à vítima, bem como afastou-se do local do acidente para fugir à responsabilidade civil e penal. Consta, ainda, que Letícia Bortolini, após a prática dos fatos, conduziu veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool. Após atropelar o verdureiro, a ré seguiu na condução do veículo, sob a influência de álcool, operando manobras em zigue-zague até a entrada do seu condomínio, no bairro Jardim Itália, conforme relato de testemunha. Anteriormente o juiz Flávio Miraglia Fernandes, tinha pronunciado a médica por ter cometido crime doloso, quando há intenção de matar, fazendo com que ela fosse submetida a Júri Popular. O novo juiz do processo, Wladymir Perri, discordou da compreensão do magistrado anterior sobre o caso.