Polícia
Veja como funcionava a ‘teia’ de corrupção que ‘sangrou’ dos cofres das Prefeituras e Câmaras de MT R$ 1,8 bilhão
Membros do Naco apresentaram um organograma, espécie de ‘teia’ com as conexões entre os 6 membros da mesma família que foram presos na quinta feira, 07
E certo que em meio àqueles que comemoram as mais recentes denúncias e prisões da Operação Gomorra, desencadeada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária(Naco)- leia-se membros do Ministério Público e Polícia Civil -, muitos vinham nelas um motivo adicional para uma descrença total na responsabilização dos envolvidos na trama sórdida de ‘surrupiar’ dinheiro público.
Membros do Naco apresentaram um organograma, espécie de ‘teia’ com as conexões entre os 6 membros da mesma família que foram presos na quinta feira, 07, por fraudar licitações na Prefeitura de Barão de Melgaço.
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Edézio Correa era o ‘chefe’ da organização. Ele também já foi alvo da Operação Sodoma, sobre desvio de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa.
Além de Edésio foram alvos da Operação Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Jânio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Ainda de acordo com o Naco, a organização criminosa chefiada por Edézio, estava enraizada em 100 Prefeituras e Câmaras Municipais de Mato Grosso e desviaram R$ 1,8 bilhão durante cinco anos.
Edézio, segundo o Naco, é ‘chefe’ principal no organograma. Logo abaixo aparece Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, que é sócia ativa da empresa Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações Ltda.
Ainda aparece o sobrinho de Edézio, Roger Correa da Silva, sócio ativo da empresa Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda que recebeu na conta da empresa do município de Barão de Melgaço R$ 1.323.578,37.
Outro sobrinho de Edézio envolvido no esquema, Jânio Correa da Silva, sócio ativo da empresa Centro América Frotas Ltda recebeu R$ 1.511.694,53 da Prefeitura de Barão de Melgaço. Logo em seguida vem a irmã de Edézio, Eleide Maria Correa.
Ela foi sócia da empresa Centro América Frotas até março de 2020 e é sócia ativa da empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda desde 28 de janeiro de 2015.
Outro integrante do esquema era Waldemar Gil Correa Barros, sobrinho de Edézio e filho de Eleide. Ele foi sócio da empresa Saga até 15 de abril de 2020 e também foi sócio da empresa Pantanal Gestão e Tecnologia até 24 de março de 2023.
Outra parente ligada a Edézio é Karoline Quatti Moura. Ela é proprietária da empresa Karoline Quatti Moura EPP, e sobrinha de Edézio.
A empresa de Karoline remeteu à Saga Comércio o total de R$ 6.487.742,35 milhões. Nas redes sociais, têm sido comuns manifestações de revolta que vão desde "prendam todos os corruptos" e até a negação quase total da política - "ninguém presta".
A organização criminosa, segundo o Naco, movimentou nas Prefeitras e Câmaras Municipais, R$ 1,8 bilhão.