Polícia
PRISÃO CHOCANTE: Médico acusado de matar adolescente se entrega em meio a choro, encenação e tentativa de comover o país
A cena parecia saída de um filme: o acusado chega como se fosse uma vítima, com semblante abatido, tentando reverter a narrativa de um crime hediondo em uma “tragédia amorosa”

Cercado por câmeras, lágrimas ensaiadas e um discurso calculado, o médico Bruno Felisberto Tomiello, de 29 anos, enfim se entregou à polícia nesta segunda-feira (5), após o assassinato brutal da adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de apenas 15 anos.
A cena parecia saída de um filme: o acusado chega como se fosse uma vítima, com semblante abatido, tentando reverter a narrativa de um crime hediondo em uma “tragédia amorosa”.
Mas a realidade é outra: uma menor de idade foi executada com um tiro certeiro na cabeça. Um crime que choca e revolta. E a prisão do suspeito não foi nada mais que um show de horror, dor e impunidade televisionada.
Espetáculo de dor encenada
O Brasil assistiu, perplexo, à chegada triunfal do médico à base aérea do Pará. Nada de algemas. Nenhuma tentativa de esconder o rosto. Pelo contrário: Bruno parecia interpretar o papel de um homem arrasado, tentando arrancar a compaixão do público. Seu advogado, como um porta-voz do roteiro, apressou-se a declarar: “Foi um acidente. Ele a amava profundamente.”
Acidente? Uma adolescente baleada dentro de um carro. Um médico adulto. Armado. Bêbado. E com vídeos circulando em que aparece dançando com a arma em punho, minutos antes do disparo fatal.
"Salvem minha menina!" — gritou, antes de fugir como covarde
Após atirar em Ketlhyn, o médico ainda teve o cinismo de levá-la ao hospital gritando por socorro: “Salvem minha menina! Eu não sei viver sem ela!”. Mas quando a morte foi confirmada, ele quebrou portas, janelas, causou tumulto e… desapareceu.
Fugiu. Sumiu por dois dias. E só reapareceu depois de tudo articulado — longe da cidade, longe do flagrante, longe da prisão imediata.
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O momento da prisão virou um teatro midiático, com coletiva de imprensa, frases melodramáticas e defesa tentando pintar o criminoso como “apaixonado”. Não houve menção à brutalidade do tiro. Nenhuma palavra à família destruída da vítima. Nenhum pedido real de desculpas.
Enquanto isso, a sociedade assiste, estarrecida, a mais um caso em que o assassino tenta posar de mártir. Um criminoso que tentou destruir provas, fugir e agora manipula a narrativa com apoio técnico de um advogado que afirma: “Bebida e arma dá nisso”.

Revolta nacional: clamor por justiça
A comoção tomou conta de Guarantã do Norte. O enterro da jovem reuniu centenas de pessoas em lágrimas, indignadas com a possibilidade de que o crime seja tratado como um simples “acidente”. A verdade grita: Ketlhyn foi assassinada. Foi feminicídio. E talvez estupro de vulnerável.
O Ministério Público e a polícia agora correm contra o tempo para desmontar o roteiro encenado. A perícia já revelou: o tiro foi disparado de trás para frente, da direita para a esquerda — trajeto incompatível com suicídio ou acidente.

A pergunta que ecoa nas ruas: e se fosse um jovem negro, pobre, sem CRM, teria direito a espetáculo?
O caso expõe feridas abertas no Brasil: a diferença de tratamento entre quem tem poder e quem não tem. Bruno é branco, médico, rico, influente. Se fosse qualquer outro, estaria preso em flagrante, sem show, sem câmera, sem encenação.
Mas a sociedade não quer espetáculo. Quer Justiça. Quer resposta. Quer punição.