A manhã desta terça-feira,17, amanheceu com o som das sirenes e o peso da lei: a Polícia Civil deflagrou a Operação Joia Rara, uma ofensiva brutal contra uma facção criminosa que vinha espalhando o terror em Mato Grosso. O alvo? Um esquema violento que, além de comandar o tráfico de drogas, mantinha uma verdadeira rede de crimes em diversas cidades do estado.

Em números que impressionam até os mais experientes no combate ao crime: 280 ordens judiciais foram cumpridas em tempo recorde. Foram 70 mandados de prisão temporária, 14 de prisão preventiva e 54 mandados de busca e apreensão domiciliar, além de outras medidas para asfixiar de vez as ações do grupo.

Mais de 70 integrantes da facção foram presos. E o recado foi dado até mesmo para os chefes da organização que já estão atrás das grades: 13 líderes da facção, recolhidos em presídios de Peixoto de Azevedo e Sinop, receberam novos mandados de prisão, amargando ainda mais o peso da Justiça.

A megaoperação mobilizou 240 policiais civis de todo o estado, em uma ação coordenada que se desenrolou de forma simultânea em Guarantã do Norte, Novo Mundo, Alta Floresta, Sinop e Cuiabá.

Segundo o delegado Waner dos Santos Neves, que lidera as investigações há um ano, a facção havia montado um verdadeiro império do crime na região. “Mapeamos a capilaridade dessa rede criminosa e hoje demos uma resposta dura ao crime organizado”, declarou o delegado, reforçando que a operação é um marco no enfrentamento às facções em Mato Grosso.

A Joia Rara é mais um desdobramento da Operação Inter Partes, parte do programa Tolerância Zero, que intensifica a caça às facções em todo o estado.