Polícia

“Eu atirei”: PM admite participação em assassinato brutal de personal em VG

Raylton Duarte Mourão confessou ser o atirador que matou Rozeli da Costa Sousa Nunes com disparos no rosto; esposa segue foragida

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 22/09/2025
“Eu atirei”: PM admite participação em assassinato brutal de personal em VG
De forma preliminar, o militar confessou ter atirado contra a personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, morta a tiros no dia 11 de setembro, em Várzea Grande | Arquivo Página 12

Após se entregar no 1º Batalhão da Polícia Militar, o soldado Raylton Duarte Mourão foi conduzido, na manhã de segunda-feira,22, à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde teve o mandado de prisão cumprido.

De forma preliminar, o militar confessou ter atirado contra a personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, morta a tiros no dia 11 de setembro, em Várzea Grande. A esposa dele permanece foragida.

Segundo o delegado Edison Pick, responsável pelo caso, Raylton admitiu “a parte dele” no crime, mas não entrou em detalhes.

 “As investigações continuam, têm diligências para serem cumpridas e o piloto da motocicleta precisa ser capturado”, declarou Pick, acrescentando que a motivação ainda está sob apuração.

A investigação aponta que Raylton estava na garupa da motocicleta e foi o autor dos disparos fatais. A arma usada no crime não foi localizada. Uma nova coletiva de imprensa será convocada para apresentar atualizações.

Rozeli, que trabalhava como personal trainer, foi executada com tiros no rosto quando saía de casa rumo ao trabalho, nas primeiras horas da manhã, no bairro Canelas, em Várzea Grande. Uma dupla de moto se aproximou do carro da vítima e disparou contra ela, que morreu no local.

No dia 13, policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do militar. Foram encontrados munições, eletrônicos, sapatos e até um par de luvas. O casal não estava em casa e foi considerado foragido.

Em 14 de setembro, a Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias de Raylton e de sua esposa, cujas fotos foram divulgadas para auxiliar nas buscas.

A vítima movia uma ação na Justiça no valor de R$ 24,6 mil contra o militar, em razão de um acidente de trânsito ocorrido em março, na Avenida Filinto Muller, em Várzea Grande. O processo envolvia um caminhão-pipa de uma empresa registrada em nome de Raylton.