Política

Após denuncias, grupo de policiais ‘articula’ possível intervenção no sindicato dos policiais

20/09/2019
Um grupo de investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso já se articulam para uma possível intervenção no Sindicato da categoria, o Sinpol(antigo Siagespoc), caso não seja resolvido judicialmente o imbróglio das denuncias de supostos desvios de mais de R$ 1,4 milhão da entidade e o pagamento do chamado ‘mensalinho’ e que eras pago aos diretores da entidade sindical.   Eles entendem que uma “intervenção necessária” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”, enraizado no ‘seio’ do sindicato. “A ação dos policiais filiados e que pagam a contribuição sindical se justifica se a crise política, e moral envolvendo dirigentes e ex-dirigentes não for resolvida”, disse um dos investigadores que ainda prefere o anonimato. “Muito se discutirá entre a categoria sobre a possibilidade, necessidade e legalidade de se eleger uma comissão provisória para apurar as séries de denuncias protagonizadas inclusive por diretores”, disse o investigador.   As denuncias envolvendo diretores do Sinpol foi feita pelo atual secretário da entidade Jamilson Adriano de Souza Moura. Ele acusou a presidente Edleusa Mesquita e o ex-presidente Gledison Gonçalves da Silva, de terem desviados para suas contas pessoais o montante de mais de R$ 1,4 milhão.   Além disso, um ex-dirigente do Sindicato também denunciou que na gestão de Gledison, ele pagava espécie de ‘mensalinho’ aos diretores da entidade. Os diretores recebiam na época, R$ 3 mil por mês além dos salários normais de investigadores da Polícia Civil que varia de R$ 3 a R$ 17 dependendo da classe e do nível.   Essa ajuda, segundo o diretor, continuou a ser pago pela atual presidente Edleusa Mesquita. Com uma receita mensal que ultrapassa os R$ 300 mil por mês, o Sinpol é o segundo maior sindicato em arrecadação do estado, perdendo apenas para o Sintep.   Cada filiado ao sindicato contribui hoje com mais de R$ 400 mensal e que já sai descontado do seu holerite. Para os policiais após as denuncias, o descontentamento da categoria são ouvidas insistentemente nas redes sociais, e a  intervenção seria a “única saída” com capacidade de moralização frente ao caos e desordem instalados, após as denuncias.   Eles afirmam que está sendo feito um estudo para ver qual o meio mais correto, se a convocação de uma assembleia geral ou uma intervenção judicial.