Política

Mauro Mendes e juíza viram réus na justiça Federal por falsidade ideológica

19/11/2019
O juiz federal Paulo César Alves Sodré, da 7ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá, aceitou os argumento do Ministério Público Federal e tornou réus o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), e a juíza aposentada da Justiça do Trabalho, Carla Reita Faria Leal, por falsidade ideológica.   Segundo o MPF, Mendes teria arrematado em leilão judicial, um apartamento e depois transferido para a então juíza, conforme consta em cartório. O MPF considerou o negócio uma simulação para contornar a proibição legal que a magistrada teria para arrematar o imóvel, já que era servidora do Tribunal Regional do Trabalho e ainda tinha atuado como magistrada no processo.   O imóvel foi a leilão para o pagamento de indenizações trabalhistas. Ainda segundo a denúncia, os dois deram uma versão à Justiça de que Mauro teria pego R$ 300 mil emprestados com a juíza e que o imóvel seria o pagamento, mas não conseguiram comprovar o empréstimo. A magistrada foi aposentada compulsoriamente em 2015.   Ela é acusada de se aproveitar da amizade que mantinha com o então prefeito de Cuiabá, Mauro mendes, na eópca, para adquirir o imóvel. O apartamento foi arrematado pelo prefeito em 2009 e depois foi comprado pela magistrada por meio de transferências bancárias no valor total de R$ 300 mil.   Em 2018, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 mil das contas do governador e da juíza aposentada. À época, o juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho, da 8ª Vara Federal de Cuiabá, disse que havia indícios suficientes da existência do ato de improbidade e da participação deles no crime.