Frustraram-se, faz tempo, as expectativas de que o conselheiro afastado do Tribunal de Contas de Mato Grosso(TCE/MR), Antônio Joaquim de Moraes Rodrigues Neto, pudesse atuar com maestria no cargo de conselheiro para qual tomou posse no dia 07 de abril de 2000.
Ele se contaminou pelo vício do poder, da prepotência, modos incivis, e de uma ignorância entranhada, do abjeto e do espirito da corrupção e que foi trazido em seus vintes anos como julgador da corte estadual mato-grossense.
É certo que os funcionários mais dedicados do ‘seio’ do órgão TCE/MT e a população do estado, gostariam que ele fosse honesto, e que todos fossem felizes, e que no Tribunal de Contas de Mato Grosso não houvesse tanta corrupção, ocasionando com isso fome e sede na população mais humilde.
Mas, isso é um sonho que foi sonhado.
E caso isso acontecesse, estaríamos todos sonhando.
Não é possível que as diversidades da vida de Antônio Joaquim, oriundo de uma família paupérrima do interior de Goiás, o tornasse um ser humano tão diferente a ponto dele acreditar ser superior aos demais da mesma espécie.
O descaso com a vida de outrem materializado pela corrupção de milhões e milhões arquitetado por Joaquim, se materializou na falta dos serviços essenciais de caráter coletivo.
Como a saúde, a segurança, o abastecimento de água, o saneamento básico, e a educação, e que se tornou problemas em Mato Grosso. Antônio Joaquim como chefe do TCE por três vezes se comportou como chefe de bando.
Seus comparsas, outros conselheiros, Waldir Teis, Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli e Valter Albano, avançaram mais veneno no despotismo de um organismo institucional, cujo único objetivo era desviar recursos públicos para enriquecerem e as suas famílias.
Todos nós gostaríamos que eles fossem honestos, e que todos fossem felizes, e que em Mato Grosso não houvesse fome, nem sede, e se caso isso acontecesse estaríamos tendo um sonho. Mas, é apenas um sonho.
A verdade é que depois de idas e vindas, finalmente o guardião da Constituição Brasileira, o Ministério Público Federal conjuntamente com a Polícia Federal, o Supremo Tribunal Federal(STF) e o Superior Tribunal Federal(STJ) conseguiram reunir polpudas provas e investigaram, denunciaram e processaram – Antônio Joaquim – por formação de quadrilha, peculato, grilagem de terras, agressão, ameaça, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, cárcere privado, corrupção ativa, e improbidade administrativa.
Destruído moralmente, politicamente e publicamente, Joaquim não deve, com certeza continuar mais no poder em Mato Grosso, em um estado que lhe acolheu de braços abertos.
As denúncias contra ele vão levá-lo aonde ele não quer ir. E aonde, com certeza, seus ex-amigos mais leais não quererem que ele vá.
A verdade é que Mato Grosso descobriu tarde o lado obscuro de Antônio Joaquim de Moraes Rodrigues Neto.
Desmistificado como sendo um homem público aguerrido e com uma eloquente oratória, para se tornar à materialização do que a atividade maquiavélica para o crime tem de mais degradante: a mentira, a corrupção, as práticas fraudulentas, a falsidade, a irresponsabilidade, o desprezo com a sociedade, e o promiscuo relacionamento com gângster, prática esta condenada pela sociedade moderna.