Política
Derrota nas eleições de 2024 faz os principais ‘caciques’ políticos de MT entrarem em letargia para 2026
O resultado relativamente surpreendente das eleições de domingo, 06, deixou um contraste de imagens e discursos que dificultam a conclusão de quem foi o grande perdedor da noite
O resultado oficial das eleições municipais de 2024 deixou um contraste, sem precedentes, e um encolhimento dos projetos políticos dos principais ‘caciques’ mato-grossenses para as eleições de 2026.
A bancarrota, após o resultado oficial viu-se os projetos desmoronar, e a letargia tomar conta do futuro.
O resultado relativamente surpreendente das eleições de domingo, 06, deixou um contraste de imagens e discursos que dificultam a conclusão de quem foi o grande perdedor da noite.
Mas, os dados são claros: o governador Mauro Mendes, do União, perdeu a Prefeitura de Cuiabá com seu aliado, o deputado Eduardo Botelho, que teve uma votação pífia em relação aos seus oponentes, Abílio Brunini, do PL, e Lúdio Cabral, do PT, que vão disputar o segundo turno.
Além de Cuiabá, Mauro perdeu em Várzea Grande e Rondonópolis, três principais cidades e que aglomeram o maior número de eleitores. Mendes ensaia uma candidatura a Senatoria em 2026.
Da mesma forma, o vice-governador Otaviano Piveta, do Republicanos, que articula uma candidatura ao Governo em 2026, também saiu derrotado nas três cidades.
O senador Jayme Campos, do União e seu irmão, o Deputado Júlio Campos, que ensaiam candidaturas ao Senado e ao Governo, também foram derrotados em Cuiabá, Rondonópolis e em Várzea Grande, esta última considerada curral eleitoral da família Campos.
O ministro Carlos Fávaro, do PSD, com exceção de Cuiabá, onde sua filha e candidata a vice de Lúdio, também foi derrotado em Rondonópolis em Várzea Grande.
Já o senador Wellington Fagundes, que articula uma candidatura ao Governo teve maior sorte. Mesmo não tendo entrado de ‘corpo' e 'alma’ nas candidaturas de seu partido, o PL, em Várzea Grande, Rondonópolis e Cuiabá, onde os candidatos de seu partido foram vencedores, ele deve enfrentar grandes problemas.
Um deles é explicar como seu filho primogênito, que é casado com a deputada Janaína Riva, do MDB, entrou de ‘cabeça’ na campanha de Botelho para a Prefeitura de Cuiabá.
O que pode dificultar um apoio de Abílio Brunini na sua candidatura ao Governo, caso Brunini vença as eleições em Cuiabá.
É incomum que, depois de dias agitados durante a eleição com várias reviravoltas, os ‘caciques’ derrotados pareçam menos entusiasmados do que os seus apadrinhados políticos.
E também é surpreendente que para os seguidores, de um e de outro, iniciem uma retração na pré-candidatura para o Governo e para o Senado praticamente com o mesmo entusiasmo. Mas, na verdade novas lideranças devem surgir até lá. 2026 está bem ai.