Política
Lula diz que soberania brasileira não será discutida em encontro com Trump
Em coletiva em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, Lula ressaltou que soberania e democracia brasileiras não são pontos de negociação com os EUA

Em entrevista coletiva durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que a soberania e a democracia brasileiras são pontos inegociáveis em eventuais conversas com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ao responder questionamentos sobre possíveis negociações futuras, Lula enfatizou a importância do diálogo bilateral, mas estabeleceu limites claros: "O que não é discutível é a soberania brasileira e a nossa democracia, isso não é discutível, nem com Trump, nem com nenhum presidente do mundo".
Leia também
ONU Lula: Trump optou por ter relação com Bolsonaro, não com o povo brasileiro ASSEMBLEIA DA ONU Trump e Lula juntos: o que esperar de possível encontro entre os dois? ASSEMBLEIA DA ONU Apoio a Gaza, regulação de redes, COP de Belém: o discurso completo de Lula na ONU ASSEMBLEIA DA ONU Trump diz que gostou de Lula e fala em encontro na semana que vem DIPLOMACIA INTERNACIONAL Lula e Trump devem conversar por telefone ou vídeo, diz Mauro Vieira DIPLOMACIA BRASILEIRA Lula se encontra com Zelensky na ONU: as idas e vindas da relação entre os presidentes de Brasil e UcrâniaRelações comerciais em foco
Lula também abordou questões comerciais entre os dois países, contestando informações sobre déficit comercial que teriam sido apresentadas a Trump. "Ele teve um superávit em 15 anos de US$ 410 bilhões", afirmou, destacando a necessidade de esclarecer dados econômicos nas futuras conversações.
O brasileiro manifestou disposição para um encontro presencial, ressaltando que há significativos interesses em jogo, incluindo investimentos e um importante fluxo comercial entre as nações. Segundo ele, existe um amplo desejo por parte do empresariado e da classe política brasileira para que esse diálogo ocorra.
Ele também estabeleceu um princípio claro de não interferência em assuntos internos: "Quando tiver eleição nos Estados Unidos eu não me meto e quando tiver eleição no Brasil ele não se mete, é assim que a gente faz".