Senadores aliados de Jair Bolsonaro (PL) visitaram nesta segunda-feira (17) o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

O ex-presidente pode vir a cumprir no local a pena de condenação na ação do plano de golpe de Estado.

A comitiva foi formada por quatro parlamentares: Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Izalci Lucas (PL-DF), Márcio Bittar (PL-AC) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Segundo eles, o objetivo da ida era avaliar as condições do local e a viabilidade de custódia diante do estado de saúde de Bolsonaro.

“A nossa maior preocupação é: Bolsonaro está muito doente. Qual é o tempo entre o complexo e o primeiro hospital? O tempo de deslocamento seria suficiente?”, declarou Damares em vídeo publicado no Instagram.

Izalci também levantou questionamentos sobre o local adequado para a prisão do ex-presidente. Ele comparou a situação com a de outros presos.

“O general Braga Netto está em um quartel no Rio de Janeiro, e Lula, quando foi preso, ficou em uma prisão federal. Bolsonaro é ex-militar. Acho que a Papuda não seria adequada. Deveria estar em prisão domiciliar, em função do estado de saúde dele”, disse. O atual presidente ficou em uma cela na sede da PF (Polícia Federal), em Curitiba.

Damares relatou ter visitado a ala destinada à população idosa e descreveu a situação como preocupante.

“Estivemos na ala dos idosos, encontramos pessoas com 85 anos, doentes. Vimos cenas muito tristes, questões sobre alimentação, condições da comida. Vamos entregar um relatório”, afirmou.

Apesar da visita desta segunda-feira, os senadores ainda aguardam autorização do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, para acessar especificamente as celas onde Bolsonaro poderá ser mantido.

“Viemos conhecer as instalações como um todo; não viemos ver uma cela específica”, disse Damares.