Um escândalo sacudiu a comunidade católica de Nova Maringá (370 km de Cuiabá) nesta semana. O padre Luciano Braga Simplício, responsável pela paróquia local, foi afastado de suas funções religiosas pela Diocese de Diamantino, após ser flagrado dentro da casa paroquial com a noiva de um fiel. O episódio ganhou repercussão nacional depois que vídeos e áudios do flagrante se espalharam pelas redes sociais.

De acordo com as informações, o noivo, acompanhado de amigos e familiares, invadiu a casa paroquial na noite de segunda-feira (13) depois de suspeitar que a mulher estivesse no local com o religioso. As imagens mostram portas sendo arrombadas, gritos e o momento em que o grupo confronta o padre, que se recusava a abrir a porta do quarto e do banheiro.

Em áudio que circula em grupos de mensagens, o padre nega ter tido qualquer envolvimento íntimo com a mulher, identificada apenas como Isabela. Ele afirma que a jovem havia pedido para usar o local apenas para trocar de roupa.

“A Isabela perguntou se poderia ir à casa para trocar de roupa, porque ela chegou de manhã e queria se arrumar. Eu disse que sim. Depois fui tomar banho e, quando saí, ouvi ela gritar dizendo que tinha gente”, contou o religioso.

“Não teve nada com ela. O problema é que, na hora em que eles chegaram, eu estava no banho e ela estava lá. Ela não queria ser vista... Não tem nada além disso”, justificou.

Apesar da explicação, testemunhas afirmam que a mulher foi encontrada sem camisa e escondida embaixo da pia do banheiro. O vídeo do flagrante rapidamente viralizou e dividiu opiniões entre os fiéis da cidade.

A repercussão forçou a Diocese de Diamantino a se manifestar publicamente. Em nota oficial assinada pelo bispo Dom Vital Chitolina, SCJ, a Igreja confirmou o afastamento imediato do padre Luciano Simplício enquanto o caso é apurado internamente.

“A Diocese está ciente do ocorrido e todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas, tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus”, diz o comunicado.

O bispo afirmou ainda que o caso será conduzido “com seriedade, prudência e respeito a todas as partes envolvidas, tendo sempre em vista o bem da comunidade e da própria Igreja”.

O procedimento segue as normas do Direito Canônico, que prevê sanções que vão de advertência até suspensão definitiva do ministério sacerdotal, dependendo da gravidade confirmada na investigação.

A comunidade católica de Nova Maringá está em choque. Moradores relatam clima de constrangimento e tristeza, com missas suspensas e portas da igreja abertas apenas para orações individuais. Alguns paroquianos manifestaram apoio ao padre; outros pedem punição exemplar.

“Foi um choque pra todos nós. Ninguém esperava isso do padre Luciano”, disse uma fiel que preferiu não se identificar.

A Diocese não informou prazos para conclusão da apuração. O caso será tratado sob sigilo e, até nova decisão, padre Luciano permanece afastado das funções religiosas.

A reportagem tentou contato com o religioso e com representantes da paróquia, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações futuras.