Economia e Negócios

Gasolina sobe pela 8ª semana seguida nos postos e já muda hábito do consumidor

Valor do litro da gasolina segue acima dos R$ 6

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 25/09/2021
O preço médio da gasolina subiu no Brasil pela oitava semana seguida nos postos, seguindo acima de R$ 6 por litro, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível) divulgado nesta sexta-feira (25). Nas bombas, o valor médio do combustível comum fica em R$ 6,092 por litro ante R$ 6,076 registrados na semana anterior. O valor da gasolina nos postos tem avançado ininterruptamente desde a primeira semana de agosto, de acordo com a agência reguladora. Seu concorrente direto nas bombas, o etanol também teve elevação, mostra a ANP, com valor médio indo de R$ 4,704 para R$ 4,715. Já o óleo diesel, combustível mais consumido no país, recuou em relação à semana passada, de R$ 4,709 para R$ 4,707 por litro.

Efeito no custo de vida e na rotina

A valorização da gasolina no ano já chega a 30%, de acordo com a Ticket Log. Por serem derivados do petróleo, os combustíveis acompanham o valor da commodity no mercado internacional, pressionado pela alta da demanda conforme as economias voltam a funcionar pós-pandemia. Somada à maior desvalorização do real em relação ao dólar, a cotação mais elevada do petróleo impacta diretamente no custo de vida dos brasileiros, que passam a pagar mais caro por alimentos, energia elétrica etc. Estudo publicado com exclusividade pela CNN Brasil nesta semana mostra que o custo final para manter um carro popular no estado de São Paulo subiu 5,22% só em 2020, puxado pela alta dos combustíveis. Para um carro SUV, o aumento foi de 7,15%. Os preços mais altos acabam mudando também costumes dos consumidores. Na cidade de São Paulo, por exemplo, um estudo mostrou que os moradores já usam menos o carro. Em um ano, aqueles que apontam a alta do combustível como principal motivo para reduzirem o uso de veículo próprio passou de 4% em 2020 para 35% em 2021, na cidade de São Paulo. A informação faz parte do estudo “Viver em São Paulo”, feito pela Rede Nossa São em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria).