Esportes

Os medalhistas do Brasil na Paralimpíada de Tóquio

Delegação brasileira estreia nos Jogos Paralímpicos 2020 com quatro medalhas no primeiro dia, todas na natação. Conheça os esportistas paralímpicos brasileiros que já subiram ao pódio nesta edição e acompanhe a evolução do país no quadro de medalhas

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM EL PAÍS 25/08/2021
Os medalhistas do Brasil na Paralimpíada de Tóquio
Foto: MIRIAM JESKE/CPB

O Brasil estreou nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 com quatro medalhas em um único dia. Todos os pódios brasileiros desta quarta-feira, 25 de agosto, foram para nadadores que competiram no Centro Aquático da capital japonesa: medalha de ouro para Gabriel Bandeira; prata para Gabriel Araújo, e medalhas de bronze para Phelipe Rodrigues e Daniel Dias. Aos 33 anos, Daniel Dias confirmou mais uma vez o status de fenômeno na água e garantiu o 25ª pódio paralímpico de sua carreira. Já Gabriel Bandeira, de 21 anos, teve sua estreia numa Paralimpíada coroada com um novo recorde em sua categoria.

A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é manter o Brasil entre os 10 países com mais medalhas pela quarta edição consecutiva das Paralimpíadas. Nesta quarta-feira, a delegação brasileira garantiu ao país a sétima colocação no quadro geral de medalhas, atualizado diariamente. Com o ouro de Gabriel Bandeira o Brasil se aproxima cada vez mais da meta de chegar à 100ª medalha de ouro brasileira da história das competições ―até agora foram 88 ouros para o Brasil desde a estreia do país nas Paralimpíadas, em 1972 (a competição foi criada em 1960).

Veja o quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio e a classificação por países.

Conheça os medalhistas brasileiros paralímpicos em Tóquio

Natação

Gabriel Bandeira celebra o ouro nos 100m borboleta classe S14.
Gabriel Bandeira celebra o ouro nos 100m borboleta classe S14.MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Gabriel Bandeira, medalha de ouro nos 100m borboleta da classe S14. - Aos 21 anos, o paulista estreou na competição garantindo ao Brasil o primeiro ouro na Paralimpíada de Tóquio. O nadador foi o primeiro colocado nos 100m borboleta da classe S14 (categoria que estreou nesta edição) e ainda marcou um novo recorde, ao concluir a prova aos 54s76. O britânico Reece Dunn (55s12) ―atual recordista mundial― ficou com a prata, e o australiano Benjamin Hance (56s90) conquistou o bronze. “Minha vida na natação paralímpica só está começando. Isso é só o começo”, disse Bandeira em entrevista à SporTV após o ouro. O nadador começou a competir profissionalmente somente no ano passado.

Gabriel Araújo celebra a medalha de prata nos 100m costas da classe S2 da natação.
Gabriel Araújo celebra a medalha de prata nos 100m costas da classe S2 da natação.MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Gabriel Araújo, medalha de prata nos 100m costas da classe S2 - Foi do atleta mineiro de 19 anos a primeira medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Araújo celebrou a prata com uma dancinha no pódio e prometeu repetir a coreografia nas outras vitórias que ainda espera celebrar no Japão. “Se tem pódio, se tem Gabriel, tem dancinha”, disse o atleta, que ainda compete em outras duas provas. Gabriel Araújo marcou 2min02s47 nos 100m costas da classe S2. O ouro ficou com o chileno Alberto Abarza (2min00s40) e o bronze com o russo Vladimir Danilenko (2min02s74).

Daniel Dias, medalha de bronze nos 200m livre da classe S5.
Daniel Dias, medalha de bronze nos 200m livre da classe S5.MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Daniel Dias, medalha de bronze nos 200m livre da classe S5 - O bronze conquistado na primeira prova em que o paulista competiu em Tóquio foi a 25ª medalha paralímpica de Daniel Dias, 33 anos. É o nadador masculino mais premiado da história da competição. Ele ainda compete em ao menos outras cinco provas na capital japonesa. Dias garantiu a terceira colocação na disputa na piscina ao cravar na piscina 2min38s61 nos 200m livre. O ouro ficou com o italiano Francesco Bocciardo (2min26s76, novo recorde paralímpico), e a prata com o espanhol Antoni Ponce (2min35s20).

Phelipe Rodrigues celebra a 8ª medalha paralímpica de sua carreira, um bronze nos 50m categoria S10.
Phelipe Rodrigues celebra a 8ª medalha paralímpica de sua carreira, um bronze nos 50m categoria S10. MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Phelipe Rodrigues, bronze nos 50m livre s10 masculino - O pernambucano natural de Recife garantiu a terceira melhor marca na prova (23s50) e, em Tóquio, conquistou a 8ª medalha paralímpica de sua carreira. O ouro ficou com o australiano Rowan Crothers (23s21), e a prata foi para o ucraniano Maksym Krypak(23s33). Aos 30 anos, o nadador brasileiro ainda deve disputar outras duas provas com chances de medalha.