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Israel faz uma das ofensivas aéreas mais intensas desde ataques dos EUA no Afeganistão
Nos dias 24 e 25 de setembro, Israel realizou 3 mil ataques contra o Líbano; EUA realizaram menos ataques na maioria dos anos do conflito no Afeganistão
Israel realiza uma grande campanha de ataques aéreos contra o Líbano, que deixou mais de 1.400 pessoas mortas, feriu quase 7.500 outras e deslocou mais de um milhão, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
O bombardeio, que Israel diz estar mirando redutos do Hezbollah no país, marca a “campanha aérea mais intensa” do mundo fora da Faixa de Gaza nas últimas duas décadas, de acordo com o grupo de monitoramento de conflitos Airwars.
Ao longo de dois dias, em 24 e 25 de setembro, militares israelenses afirmaram ter utilizado 2 mil munições e realizado 3 mil ataques.
Em comparação, durante a maioria dos anos da guerra dos EUA no Afeganistão, as forças americanas realizaram menos de 3 mil ataques por ano, com exceção do primeiro ano da invasão, quando foram realizados cerca de 6.500 ataques, conforme dados da Airwars analisados pela CNN.
Os bombardeios de Israel, que diz ter como alvo os redutos do Hezbollah no país, marcam a “campanha aérea mais intensa” do mundo fora da Faixa de Gaza nas últimas duas décadas, destacou a Airwars.
A maior parte dos disparos trocados entre Israel e o Hezbollah desde o início da guerra veio de ataques israelenses, drones, bombardeios e mísseis em território libanês, mostram dados da ACLED (Armed Conflict Location and Event Data), uma organização que coleta dados sobre conflitos violentos.
Israel lançou quase 9 mil ataques contra o Líbano desde 8 de outubro, e o Hezbollah lançou 1.500 ataques no mesmo período, segundo dados do ACLED.
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O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.