Mundo
Funeral de líder do Hezbollah reúne milhares de pessoas no sul do Líbano
Evento acontece cinco meses após assassinato de Hassan Nasrallah durante ataque aéreo de Israel

Milhares de pessoas se reuniram nos arredores da cidade de Beirute, capital do Líbano, neste domingo (23) para prestar homenagens ao líder assassinado do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
A cerimônia acontece quase cinco meses após Nasrallah ter sido morto em um ataque aéreo israelense, sendo um golpe para o grupo apoiado pelo Irã.
O assassinato do então líder, que comandou o grupo muçulmano xiita por décadas de conflito com Israel e supervisionou sua transformação em uma força militar com influência regional, foi um dos primeiros tiros numa escalada israelense que enfraqueceu gravemente o Hezbollah.
Carregando fotos do ex-chefe e bandeiras do grupo, os apoiadores se reuniram no início deste domingo para um funeral em massa, além de Nasrallah, outros líderes assassinados também foram homenageados em um estádio nos subúrbios ao sul de Beirute.
Leia também
LÍDER DO HEZBOLLAH 'Com ataque a Beirute que matou líder do Hezbollah, Israel deixa Ocidente impotente' ISRAEL/HEZBOLLAH Israel diz que matou outra figura importante do Hezbollah e que destruiu lançadores apontados para o país GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Israel diz que destruiu lançador de mísseis do Hezbollah perto do aeroporto de Beirute GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Israel, Irã e Hezbollah: entenda o mapa do conflito no Oriente Médio GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Militares israelenses dizem ter matado comandantes do Hezbollah no sul do Líbano GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Hezbollah dispara 160 foguetes contra Israel, afirmam militares GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Israel diz que matou chefe financeiro do Hezbollah em ataque à Síria GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Autoridades de Israel confirmam que drone do Hezbollah atingiu casa de Netanyahu GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Israel mata chefe de mídia do Hezbollah em bombardeio a Beirute, diz agência GUERRA NO ORIENTE MÉDIO Como funcionará cessar-fogo entre Israel e Hezbollah anunciado por Netanyahu e confirmado por BidenO estádio Camille Chamoun Sports City, com capacidade para 55 mil pessoas, estava quase cheio horas antes da cerimônia começar.
São esperados no evento: o Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, uma delegação iraquiana, incluindo políticos xiitas e comandantes de milícias, e uma delegação de Houthis do Iêmen.
O funeral em massa visa mostrar força depois que o Hezbollah emergiu abalado da guerra no ano passado com Israel, que matou a maioria de sua liderança, milhares de combatentes e causou destruição no sul do Líbano.
O impacto no grupo foi agravado pela expulsão do aliado Bashar al-Assad na Síria, cortando uma rota de suprimento essencial.
“Podemos ter perdido muito como homens, mas não perdemos o valor da resistência porque resistência está se agarrando”, comentou Hassan Nasreddine, homem libanês presente na cerimônia.
O funeral também estava sendo realizado para Hashem Safieddine, que liderou o Hezbollah por uma semana após a morte de Nasrallah.
Ele foi morto em um ataque israelense antes de ser anunciado publicamente como sucessor.
Após a morte, o ex-líder Hassan Nasrallah foi enterrado temporariamente ao lado do filho, Hadi, que morreu lutando pelo grupo em 1997.
O funeral oficial foi adiado para dar tempo à retirada das forças israelenses do sul do Líbano sob os termos de um cessar-fogo apoiado pelos EUA que encerrou a guerra do ano passado.
Embora Israel tenha se retirado de grande parte do sul, as tropas continuam a manter cinco posições no topo de colinas na área.
O país realizou ataques aéreos no sul do Líbano neste domingo (23), afirmando que havia identificado atividades do Hezbollah.
O conflito se agravou depois que o grupo abriu fogo em apoio ao seu aliado palestino Hamas no início da guerra de Gaza em outubro de 2023.