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Hamas diz ter aceitado proposta de cessar-fogo com Israel feita pelos EUA
Grupo terrorista anunciou que está pronto para negociar os termos para implementação do acordo. Segundo o governo americano, Israel também aceitou a proposta

O Hamas anunciou nesta sexta-feira (4) que aceitou uma proposta de cessar-fogo de 60 dias com Israel, apresentada pelos Estados Unidos. O grupo terrorista afirmou que está pronto para iniciar negociações finais sobre o mecanismo de implementação do acordo. Ainda não há data para que a trégua entre em vigor.
Segundo uma autoridade do Hamas ouvida pela agência Reuters, o grupo enviou aos mediadores do Catar e do Egito uma resposta considerada “positiva”, que deve “facilitar a obtenção do acordo”. Detalhes da proposta não foram revelados.
Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que havia apresentado um texto final para o cessar-fogo. Caso seja aprovado, será a terceira trégua desde o início da guerra, que já dura quase 21 meses.
Na terça-feira (1º), Trump disse que Israel havia concordado “com as condições necessárias para finalizar” o cessar-fogo, e que o período de 60 dias seria usado para avançar em negociações que buscam encerrar a guerra de forma definitiva.
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Trump declarou que pretende ser “muito firme” ao cobrar de Netanyahu um cessar-fogo rápido em Gaza.
“Esperamos que aconteça. E esperamos que aconteça em algum momento da próxima semana”, disse Trump a repórteres mais cedo nesta semana. “Queremos tirar os reféns de lá.”
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após terroristas liderados pelo Hamas invadirem Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns — a maioria civis.
Desde então, a campanha militar israelense matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades controladas pelo Hamas. Grande parte do território de Gaza foi devastado, e a maioria da população está deslocada. A desnutrição generalizada é uma preocupação crítica.
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A agência de defesa civil de Gaza, administrada pelo Hamas, informou a veículos de comunicação que pelo menos 23 pessoas foram mortas somente no domingo. — Foto: Reuters