Acusado pelo Ministério Público de fraudar uma licitação de mais de R$ 3,3 milhões na contratação da empresa Cennectmed CRC Consultoria, Administração e Tecnologia em Saúde, o ex-presidente do MT Saúde, Yuri Alexey Vieira Bastos Jorge, terá apenas 10 dias para apresentar defesa sobre a acusação e caso condenado, seus bens poderão ser sequestrados pela justiça.
A determinação é do juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues. Além de Yuri são réus Hilton Paes de Barros, Edson Vitor Aleixes de Mello e a empresa Cennectmed CRC Consultoria, Administração e Tecnologia em Saúde, de propriedade de Willian I Wei Tsu. Yuri é considerado improbo pelo Ministério Público do Estado, e o ilícito, segundo os promotores, foram praticados em 2005 e 2006, na época em que ele era presidente da MT Saúde.
O MT Saúde realizou a Licitação nº 001/2003, na modalidade concorrência, tipo técnica e preço, cujo objeto consistia na contratação de prestação de serviços técnicos e especializados no período de 12 meses, destinado a atender os servidores e pensionistas do estado. O certame teve como vencedora o Serviço Social da Indústria (Sesi).
O contrato foi firmado em fevereiro de 2004 e vigorou até outubro de 2005, após assinatura de termo de distrato. Assim que o termo foi assinado, segundo o MPE, o presidente do instituto remeteu ofício, no dia 1º de novembro de 2005, à segunda colocada na concorrência pública, a empresa Connectmed – CRC Consultoria, Administração e Tecnologia em Saúde Ltda. A empresa assinou contrato, no mesmo dia que o ofício foi encaminhado, para a execução do remanescente dos serviços, nos moldes do que havia sido estipulado com o Sesi.
O MP afirmou que dois meses após a assinatura do contrato, isto é em janeiro de 2006, houve a celebração do primeiro termo aditivo no valor de R$ 60 mil mensais, “sem que houvesse qualquer justificativa”. Na ação consta que passado mais um mês da celebração do contrato, a Connectmed celebrou um contrato de prestação de serviços com a empresa Edson Vitor Aleixes de Mello, com nome fantasia de VNC Prestadora de Serviços, no valor de R$ 68.337,47. A empresa era administrada via procuração pública por Hilton Paes de Barros, que segundo o MPE, é caso com a irmã de Edson Vitor Aleixes de Mello e contador pessoal de Yuri Alexey Vieira Bastos Jorge.